Regressaram nesta terça-feira à cidade de Niterói (RJ), o Navio de Apoio Oceanográfico (NApOc) “Ary Rongel” e o Navio Polar (NPo) “Almirante Maximiano”, marcando o encerramento da Operação Antártica XL (OPERANTAR), após 183 dias de viagem.
A OPERANTAR XL marcou a retomada dos projetos de pesquisa de campo e uso dos laboratórios da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), após interrupção por ocasião da pandemia da Covid-19. Durante a operação, os navios prestaram relevantes apoios para a análise de dados meteorológicos e oceanográficos do Continente Antártico, além de apoiar logisticamente a EACF.
Criado em 1982, o Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) incluiu o Brasil no grupo de 29 países que definem o futuro da Antártica. O propósito do programa é ampliar o conhecimento científico no continente gelado para compreender os fenômenos que ali ocorrem e a influência deles sobre o território brasileiro. A OPERANTAR é uma das mais complexas e extensas operações realizadas, anualmente, pela Marinha do Brasil, e envolve um planejamento minucioso, para garantir a presença do país no continente gelado, por meio do PROANTAR.
O planejamento das operações começa no ano anterior com o processo de seleção dos projetos de pesquisa, que envolve análise quanto ao mérito científico, impacto ambiental, disponibilidade financeira e meios para coleta de dados na região austral.
Menos acidentes
O litoral brasileiro possui mais de oito mil quilômetros de extensão, 5,7 milhões de quilômetros quadrados (km²) de espaço marítimo e uma das maiores vias hidrográficas do mundo, o Rio Amazonas. Assim, não causa espanto que nossa sociedade seja amante das praias, rios, lagos e lagoas. Fato comprovado com os registros de aumento da frequência de pessoas em locais propícios para banho em dias de sol, temporadas de férias, feriados (prolongados ou não) e a famosa estação do verão.
Devido ao aumento sazonal de pessoas e embarcações nas regiões litorâneas e ribeirinhas, a Marinha do Brasil realiza uma complexa e coordenada ação: a Operação Verão. É uma campanha que intensifica, em determinado período de tempo, as atividades de fiscalização de embarcações de esporte e recreio (lanchas e motos aquáticas).
Embora tenha esse nome, ela ocorre em diferentes épocas do ano, pois acompanha a realidade climática e comportamental de cada região deste País continental, do Oiapoque (AP) ao Chuí (RS). A operação tem por finalidade fiscalizar embarcações, incrementar a segurança da navegação, salvaguardar a vida humana (nos mares, rios e lagos e lagoas), conscientizar a sociedade e prevenir a poluição ambiental por parte das embarcações.
Os responsáveis pela abordagem e diálogo com a sociedade são os Agentes da Autoridade Marítima que, observando sua área de jurisdição, realizam a Inspeção Naval, verificando uma variedade de itens, entre eles o material de salvatagem das embarcações, o cumprimento do cartão de tripulação (que informa a tripulação mínima da embarcação), a habilitação do condutor, além de utilização do etilômetro (bafômetro) para aferição do nível de alcoolemia dos condutores de embarcações.
A Diretoria de Portos e Costas é a coordenadora da operação e analisa as informações enviadas pelos Comandos dos Distritos Navais sobre os períodos de maior intensificação do tráfego de embarcações em cada localidade. A partir dessa compilação de dados é feito o calendário da Operação Verão do ano seguinte.
O viés operativo é conduzido pelo Comando de Operações Navais, pelos Comandos dos Distritos Navais e pelas Capitanias, Delegacias e Agências. Assim, o Brasil é dividido pela Marinha em nove jurisdições, cujas sedes são os Distritos Navais existentes nos Estados do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro), Bahia (Salvador), Rio Grande do Norte (Natal), Pará (Belém), Rio Grande do Sul (Rio Grande), Mato Grosso do Sul (Ladário), Distrito Federal (Brasília), São Paulo (São Paulo) e Amazonas (Manaus).
As informações são da Marinha do Brasil.
Confira todas as novidades das empresas da BIDS
Fique informado sobre as ações das nossas Forças Armadas e de segurança