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NOTÍCIAS

Novas vozes na Defesa: programação especial destaca lideranças femininas na Mostra BID Brasil 2024

ABIMDE promove debate sobre desafios e oportunidades para a Base Industrial de Defesa e Segurança A Mostra BID Brasil, maior vitrine da Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS) nacional, inova em sua 8ª edição com uma programação que destaca a participação...

Fundação Conselho Espanha-Brasil discute parcerias com presidente da CREDN

Lucas Redecker foi recebido na Casa de América, em Madri, por alguns dos principais executivos espanhóis com investimentos no Brasil. Na oportunidade, defendeu o fortalecimento das relações bilaterais e discorreu sobre o potencial estratégico do Brasil O patronato da...

Taurus comemora 85 anos com sólida eficiência operacional e capacidade de inovação

A Taurus, Empresa Estratégica de Defesa e maior vendedora de armas leves do mundo, completa 85 anos de história, um marco significativo alcançado por poucas empresas no Brasil.  A fabricante, que começou em Porto Alegre, no ano de 1939, às vésperas da Segunda Guerra...

SEPROD participa de Encontro Estratégico no Leste Asiático

Entre os dias 30 de outubro e 1º de novembro de 2024, em Bangkok, Tailândia, e de 4 a 6 de novembro de 2024, em Tóquio, Japão, a Secretaria de Produtos de Defesa (SEPROD) marcou presença no Encontro dos Setores de Promoção Comercial (SECOMs), Setores de Ciência,...

SAFRAN participa do II SITDRONE AIRE & ESPACIO 2024

O II SITDRONE AIRE & ESPACIO acontece até o próximo domingo, 24 de novembro, na Base Aérea de Las Palmas, em Santiago de Surco - Lima (Peru). É uma plataforma dinâmica que conecta líderes nos setores de tecnologia em satélite, drone e aviação, para demonstrar...

Parceria Brasil-China: visita do presidente Xi Jinping reforça cooperação em ciência, tecnologia e inovação

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação assinou cinco memorandos para fortalecer parcerias nas áreas de inteligência artificial, agricultura familiar, indústria fotovoltaica, tecnologia nuclear e Fonte de Luz Síncrotron Em uma cerimônia realizada no Palácio do...

MDIC e governo da China reforçam parceria estratégica para promoção da indústria, de pequenas empresas e do desenvolvimento sustentável

Documentos de entendimento foram assinados nesta quarta-feira (20) por autoridades dos dois países, durante visita do presidente da China, Xi Jinping, ao Brasil O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e órgãos públicos do governo da...

20 anos da Amazônia Azul: o mar que gera emprego e crescimento econômico

Mais de 20 milhões de brasileiros estão envolvidos direta ou indiretamente com atividades ligadas ao mar No Brasil, setores econômicos tradicionais, como o agronegócio, recebem amplo reconhecimento devido à sua importância para o emprego e a balança comercial. No...

FAB ativa operação para lançamento de foguetes no Rio Grande do Norte

Dividida em duas fases, a Operação Potiguar busca a autonomia do Brasil na atividade A Força Aérea Brasileira (FAB) vai enviar, no dia 29/11, um foguete suborbital ao espaço. Durante a Operação Potiguar, ativada na segunda-feira (18/11), um veículo de sondagem será...

Airbus entrega primeiro H145M dos 82 negociados com as Forças Armadas alemãs

Menos de um ano após a assinatura do contrato, a Airbus Helicopters entregou, em suas instalações de Donauwörth, o primeiro H145M dos 82 encomendados pela Alemanha. As Forças Armadas Alemãs (chamadas Bundeswehr) nomearam os novos H145M de "Leichter Kampfhubschrauber"...

Novo Esquadrão de Guerra Cibernética da Marinha blinda sistemas navais de sabotagem digital

“Este não é um incidente de segurança, nem um ataque cibernético”, afirmou o CEO da CrowdStrike, George Kurtz, em seu perfil nas redes sociais, após sua empresa ser responsável pelo maior apagão tecnológico que o mundo já testemunhou. No último dia 19 de julho, uma falha na atualização de um software de segurança em sistemas digitais causou o colapso, afetando de serviços bancários a de saúde, suspendendo voos e derrubando sinais de emissoras de TV.

Embora tenha sido descartada a sabotagem, a comunidade global pôde ter um vislumbre das consequências de uma ofensiva cibernética de grandes proporções. Não à toa, países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) anunciaram, neste mês, a formação de um centro integrado de defesa cibernética para compartilhar informações sobre possíveis ameaças e vulnerabilidades no ciberespaço, incluindo infraestruturas civis privadas que apoiam atividades militares.

O Brasil não está atrás nesta corrida. Desde 2010, o País conta com o Comando de Defesa Cibernética (ComDCiber), no âmbito do Ministério da Defesa e sob coordenação do Exército Brasileiro, e este ano, a Marinha do Brasil criou um Esquadrão de Guerra Cibernética, subordinado ao Comando Naval de Operações Especiais. Em fase de implantação, a nova organização irá ampliar a capacidade de pronta resposta a ameaças no domínio cibernético dos sistemas de navios, viaturas e aeronaves, cada vez mais automatizados.

Questão de defesa nacional

“Em 2023, o Brasil foi o País mais visado para hackers na América Latina e o quarto no mundo, sendo alvo de 4,8% dos ataques. Muitas destas ameaças provêm de criminosos, entretanto há indícios de que ações cibernéticas veladas de origem estatal podem estar em cena, caracterizadas, principalmente, como sabotagem digital”, alerta o Comandante Naval de Operações Especiais, Contra-Almirante (Fuzileiro Naval) Luís Manuel de Campos Mello.

Com tecnologia nacional, novas Fragatas da Classe “Tamandaré” permitem maior controle do Brasil sobre sistemas navais – Assista ao vídeo:

Um exemplo recente de sabotagem foi a invasão de ciberpiratas russos ao sistema da gigante de telecomunicações ucraniana Kyivstar, que afetou cerca de 24 milhões de usuários, em dezembro do ano passado. Em entrevista à agência de notícias Reuters, o Chefe do Departamento de Cibersegurança, do Serviço de Segurança da Ucrânia, Illia Vitiuk definiu a ação como “um ciberataque devastador, que destruiu completamente o coração de uma operadora de telecomunicação”.

Riscos da dependência tecnológica

As crescentes automatização e conectividade tornam as sociedades ainda mais sujeitas a crises como essa. “A dependência tecnológica externa contribui para ampliar ameaças em diversos aspectos, uma vez que passamos a não controlar todo o ciclo de desenvolvimento e integração de nossos sistemas. Nesse contexto, a Marinha tem atuado para obter independência na integração e no desenvolvimento de diversos projetos estratégicos”, explica o Almirante (FN) Campos Mello.

Base de Submarinos da Ilha da Madeira, em Itaguaí (RJ), abriga o núcleo de implantação do Esquadrão de Guerra Cibernética da Marinha – Imagem: Marinha do Brasil

Enquanto no nível estratégico, a Marinha tem condicionado seus contratos internacionais à transferência de tecnologia ― caso das Fragatas Classe “Tamandaré” e do Submarino Nuclear Convencionalmente Armado―, no nível tático, ela criou o Esquadrão de Guerra Cibernética, que irá atuar exclusivamente na prevenção e no combate a ameaças cibernéticas, contribuindo com outras estruturas que já atuam nesse segmento, como a Diretoria de Comunicações e de Tecnologia da Informação e o Centro de Inteligência da Marinha.

Dos mares ao ciberespaço

Segundo o Comandante Naval de Operações Especiais, a Marinha tem investido na qualificação de militares para o desenvolvimento de tecnologia própria e o novo Esquadrão deverá centralizar tanto recursos humanos quanto materiais, ampliando a capacidade de dissuasão da Força Naval brasileira. “O Esquadrão será responsável por compor forças-tarefa de guerra cibernética singulares, combinadas e conjuntas, sendo estas ações realizadas nos locais das operações ou mesmo remotamente”, afirma.

Embora o Esquadrão seja recente, a preparação de militares para combater no ciberespaço não é novidade. Este ano, a Escola Superior de Defesa, em Brasília (DF), irá receber a sexta edição do Exercício Guardião Cibernético, a maior simulação de defesa cibernética do Hemisfério Sul. No ano passado, o treinamento organizado pelo ComDCiber capacitou mais de mil profissionais de diferentes países, para responder a situações que ultrapassem as competências de um único órgão governamental.

Sistemas cada vez mais automatizados requerem mais investimento em segurança – Imagem: Primeiro-Sargento-ET Paulo Cesar
Sinergia com a sociedade civil

Em maio deste ano, militares da Marinha e das demais Forças Armadas também participaram do Cyber Flag 24-1, um dos principais exercícios multinacionais de combate cibernético, coordenado pelo Comando Cibernético e pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos. O Chefe do Centro de Gestão Estratégica do ComDCiber, Contra-Almirante Marcelo do Nascimento Marcelino, conta que ainda há convites para treinamentos coordenados por países como Chile, Japão e Reino Unido.

A iniciativa está alinhada às ações do Estado brasileiro, que instituiu, em 2023, a Política Nacional de Cibersegurança e o Comitê Nacional de Cibersegurança. “Reveste-se de fundamental importância a sinergia entre as Forças Armadas e demais instituições do governo com a sociedade civil, a academia e o setor empresarial. Uma abordagem holística e colaborativa incentiva o compartilhamento de iniciativas e boas práticas, com vistas a aumentar a resiliência cibernética do País”, avalia o Almirante Marcelino.

As informações são da Agência Marinha de Notícias.

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