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NOTÍCIAS

Finep retoma atuação em FIPs e amplia investimentos em inovação no Brasil

A Finep, secretaria-executiva do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), retomou sua atuação no mercado de Fundos de Investimento em Participações (FIPs) por meio de três novos fundos no final de 2024 e início de 2025. Os investimentos,...

Ministério da Defesa realiza seminário sobre Gestão de Ciclo de Vida de Sistemas de Defesa

O evento acontecerá na Escola Superior de Defesa, em Brasília (DF) O Ministério da Defesa realizará, nos dias 26 e 27 de fevereiro, na Escola Superior de Defesa (ESD), em Brasília (DF), a segunda edição do Seminário Gestão de Ciclo de Vida de Sistemas de Defesa, com o...

Fundo para projetos de desenvolvimento industrial já está em operação

A destinação dos recursos vai priorizar áreas de desenvolvimento científico e tecnológico em busca da transição verde para um padrão sustentável e cada vez menos poluente O Fundo Nacional de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico (FNDIT) entra em operação nesta...

Marinha avança no PROSUB com entrega de novas instalações no Complexo Naval de Itaguaí

Nova expansão da Base de Submarinos da Ilha da Madeira fortalece Poder Naval A Marinha do Brasil (MB) deu um passo estratégico no Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) com a inauguração de novas instalações no Complexo Naval de Itaguaí (CNI). Entre as...

ABIMDE representará empresas brasileiras na IDEX 2025

Reconhecida como um dos mais influentes fóruns do setor, a feira será o local ideal para a ampliação de oportunidades comerciais Em um ambiente que reúne os principais players da indústria de defesa mundial, a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de...

Missão de Paz da ONU na República Democrática do Congo

A Missão das Nações Unidas para a Estabilização na República Democrática do Congo (MONUSCO) é uma operação de paz da ONU com o objetivo de proteger civis e apoiar a estabilização de um país devastado por conflitos armados prolongados e uma crise humanitária grave....

Saab apresenta o Radar de Controle Costeiro

A Saab revelará o novo Radar de Controle Costeiro na próxima Exibição Internacional de Defesa (IDEX), nos Emirados Árabes Unidos (EAU). Trata-se de um radar de última geração, de phased array, não rotativo e definido por software, desenvolvido nos Emirados Árabes...

Tamara Auler, do TEAM TAURUS CBC, recebe homenagem de Melhor Atleta do Tiro Prático de 2024 do Distrito Federal

Tamara Auler, do TEAM TAURUS CBC, foi homenageada como a Melhor Atleta do Tiro Prático de 2024 do Distrito Federal. A homenagem foi concedida pela Secretaria de Esportes e Turismo do Distrito Federal, no evento “Melhores do Esporte DF 2024”, no clube Ascade, em...

Entenda como a taxação do aço pelos EUA impacta exportações do Brasil

Avaliação é de especialistas entrevistados pela Agência Brasil A taxação de 25% sobre as importações de aço e alumínio, prometida pelo presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, impacta a produção desses setores no Brasil, avaliaram especialistas em comércio...

Nova Indústria Brasil: ABIMDE defende investimentos para a soberania nacional

Em discurso no evento, o presidente da ABIMDE destacou que a entidade atua como a voz da indústria de defesa e segurança do país O Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE), Luiz...

Novo Esquadrão de Guerra Cibernética da Marinha blinda sistemas navais de sabotagem digital

“Este não é um incidente de segurança, nem um ataque cibernético”, afirmou o CEO da CrowdStrike, George Kurtz, em seu perfil nas redes sociais, após sua empresa ser responsável pelo maior apagão tecnológico que o mundo já testemunhou. No último dia 19 de julho, uma falha na atualização de um software de segurança em sistemas digitais causou o colapso, afetando de serviços bancários a de saúde, suspendendo voos e derrubando sinais de emissoras de TV.

Embora tenha sido descartada a sabotagem, a comunidade global pôde ter um vislumbre das consequências de uma ofensiva cibernética de grandes proporções. Não à toa, países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) anunciaram, neste mês, a formação de um centro integrado de defesa cibernética para compartilhar informações sobre possíveis ameaças e vulnerabilidades no ciberespaço, incluindo infraestruturas civis privadas que apoiam atividades militares.

O Brasil não está atrás nesta corrida. Desde 2010, o País conta com o Comando de Defesa Cibernética (ComDCiber), no âmbito do Ministério da Defesa e sob coordenação do Exército Brasileiro, e este ano, a Marinha do Brasil criou um Esquadrão de Guerra Cibernética, subordinado ao Comando Naval de Operações Especiais. Em fase de implantação, a nova organização irá ampliar a capacidade de pronta resposta a ameaças no domínio cibernético dos sistemas de navios, viaturas e aeronaves, cada vez mais automatizados.

Questão de defesa nacional

“Em 2023, o Brasil foi o País mais visado para hackers na América Latina e o quarto no mundo, sendo alvo de 4,8% dos ataques. Muitas destas ameaças provêm de criminosos, entretanto há indícios de que ações cibernéticas veladas de origem estatal podem estar em cena, caracterizadas, principalmente, como sabotagem digital”, alerta o Comandante Naval de Operações Especiais, Contra-Almirante (Fuzileiro Naval) Luís Manuel de Campos Mello.

Com tecnologia nacional, novas Fragatas da Classe “Tamandaré” permitem maior controle do Brasil sobre sistemas navais – Assista ao vídeo:

Um exemplo recente de sabotagem foi a invasão de ciberpiratas russos ao sistema da gigante de telecomunicações ucraniana Kyivstar, que afetou cerca de 24 milhões de usuários, em dezembro do ano passado. Em entrevista à agência de notícias Reuters, o Chefe do Departamento de Cibersegurança, do Serviço de Segurança da Ucrânia, Illia Vitiuk definiu a ação como “um ciberataque devastador, que destruiu completamente o coração de uma operadora de telecomunicação”.

Riscos da dependência tecnológica

As crescentes automatização e conectividade tornam as sociedades ainda mais sujeitas a crises como essa. “A dependência tecnológica externa contribui para ampliar ameaças em diversos aspectos, uma vez que passamos a não controlar todo o ciclo de desenvolvimento e integração de nossos sistemas. Nesse contexto, a Marinha tem atuado para obter independência na integração e no desenvolvimento de diversos projetos estratégicos”, explica o Almirante (FN) Campos Mello.

Base de Submarinos da Ilha da Madeira, em Itaguaí (RJ), abriga o núcleo de implantação do Esquadrão de Guerra Cibernética da Marinha – Imagem: Marinha do Brasil

Enquanto no nível estratégico, a Marinha tem condicionado seus contratos internacionais à transferência de tecnologia ― caso das Fragatas Classe “Tamandaré” e do Submarino Nuclear Convencionalmente Armado―, no nível tático, ela criou o Esquadrão de Guerra Cibernética, que irá atuar exclusivamente na prevenção e no combate a ameaças cibernéticas, contribuindo com outras estruturas que já atuam nesse segmento, como a Diretoria de Comunicações e de Tecnologia da Informação e o Centro de Inteligência da Marinha.

Dos mares ao ciberespaço

Segundo o Comandante Naval de Operações Especiais, a Marinha tem investido na qualificação de militares para o desenvolvimento de tecnologia própria e o novo Esquadrão deverá centralizar tanto recursos humanos quanto materiais, ampliando a capacidade de dissuasão da Força Naval brasileira. “O Esquadrão será responsável por compor forças-tarefa de guerra cibernética singulares, combinadas e conjuntas, sendo estas ações realizadas nos locais das operações ou mesmo remotamente”, afirma.

Embora o Esquadrão seja recente, a preparação de militares para combater no ciberespaço não é novidade. Este ano, a Escola Superior de Defesa, em Brasília (DF), irá receber a sexta edição do Exercício Guardião Cibernético, a maior simulação de defesa cibernética do Hemisfério Sul. No ano passado, o treinamento organizado pelo ComDCiber capacitou mais de mil profissionais de diferentes países, para responder a situações que ultrapassem as competências de um único órgão governamental.

Sistemas cada vez mais automatizados requerem mais investimento em segurança – Imagem: Primeiro-Sargento-ET Paulo Cesar
Sinergia com a sociedade civil

Em maio deste ano, militares da Marinha e das demais Forças Armadas também participaram do Cyber Flag 24-1, um dos principais exercícios multinacionais de combate cibernético, coordenado pelo Comando Cibernético e pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos. O Chefe do Centro de Gestão Estratégica do ComDCiber, Contra-Almirante Marcelo do Nascimento Marcelino, conta que ainda há convites para treinamentos coordenados por países como Chile, Japão e Reino Unido.

A iniciativa está alinhada às ações do Estado brasileiro, que instituiu, em 2023, a Política Nacional de Cibersegurança e o Comitê Nacional de Cibersegurança. “Reveste-se de fundamental importância a sinergia entre as Forças Armadas e demais instituições do governo com a sociedade civil, a academia e o setor empresarial. Uma abordagem holística e colaborativa incentiva o compartilhamento de iniciativas e boas práticas, com vistas a aumentar a resiliência cibernética do País”, avalia o Almirante Marcelino.

As informações são da Agência Marinha de Notícias.

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