O Terceiro Esquadrão de Transporte Aéreo (3º ETA) voltou a operar, no dia 11 de janeiro, na Base Aérea do Galeão (BAGL), no Rio de Janeiro (RJ). Criado em 1969, o chamado Esquadrão Pioneiro, que desde 2017 atuava na Base de Santa Cruz (BASC), possui mais de 312 mil horas de voo realizando missões de transporte e lançamento de cargas e paraquedistas, além de prestar apoio no deslocamento de órgãos para transplantes, nas regiões Sul e Sudeste do País.
A solenidade que marcou a transferência do Esquadrão foi presidida pelo Comandante da Guarnição de Aeronáutica do Galeão (GUARNAE-GL), Major-Brigadeiro do Ar Fernando César da Costa e Silva Braga, que foi recebido pelo comandante da Base Aérea do Galeão, Coronel Aviador Renato Alves de Oliveira. A cerimônia também contou com a presença de Comandantes, Chefes e Diretores de diversas Organizações Militares.
O Coronel Alves destacou, em discurso, a vocação pioneira do Esquadrão e sua importância para o cumprimento da missão da Força Aérea Brasileira. “Com histórico de pioneirismo e a despeito das mudanças recentes, uma certeza podemos ter, que o Terceiro Esquadrão de Transporte Aéreo continuará a cumprir, com a tradicional eficiência, sua missão nos rincões de Norte a Sul deste País continental, com a capilaridade característica de seus vetores e com a elevada motivação de seus jovens pilotos, contribuindo, de maneira relevante, para a manutenção da soberania do espaço aéreo brasileiro e, principalmente, para a integração do território nacional, com vistas à defesa da Pátria”, declarou.
O efetivo do 3º ETA chegou à BAGL nas aeronaves C-95 Bandeirante e C-97 Brasília, que mobiliou o esquadrão por 20 anos e, agora, voltou a compor o seu acervo. A tropa foi apresentada pelo Tenente-Coronel Aviador Felipe Moreira Faulhaber e, em seguida, as autoridades realizaram o descerramento da placa do Terceiro Esquadrão de Transporte Aéreo. O Major-Brigadeiro Braga explicou os motivos que levaram à transferência do Esquadrão Pioneiro e destacou os benefícios da mudança, especialmente no que se refere à mobilidade.
“A reintegração do 3º ETA à Base Aérea do Galeão foi uma decisão, após uma análise criteriosa, do nosso alto comando, e eu vejo dois ganhos principais. Primeiro na parte de mobilidade. As principais missões de transporte de tropa decolam aqui do Galeão. Segundo porque o esquadrão tem característica de receber pilotos mais jovens, para os quais será uma oportunidade de conviver com os mais experientes do transporte de tropa. Poderão traçar uma carreira e almejar compor esses esquadrões no futuro”, comentou o Oficial-General.
Para o Tenente-Coronel Felipe, a nova localização beneficiará as missões de natureza médica realizadas pelo esquadrão. “Instalados na Base Aérea do Galeão estamos mais próximos das unidades de saúde que fazem missões conosco. Então, para executar missões aeromédicas, missões de transporte de órgãos e de ajuda humanitária, essa localização é muito positiva”, avaliou.
Só nos últimos quatro anos, o 3º ETA realizou mais de 2.400 missões, voando aproximadamente 11 mil horas e transportando 116 órgãos.
Fotos: Fabio Maciel / DECEA
Vídeo: DECEA