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NOTÍCIAS

Defesa promove Diálogo das Indústrias de Defesa Brasil-Turquia

Nos dias 30 de outubro a 1° de novembro, o Ministério da Defesa, por meio da Secretaria de Produtos de Defesa (Seprod), promoveu o Diálogo das Indústrias de Defesa (DID) Brasil-Turquia 2024. O evento foi concebido em continuidade às tratativas ocorridas desde 2019, no...

Instrutora do Exército representa Brasil em curso para missões de paz

 Uma instrutora do Exército Brasileiro, veterana em missões de paz, participou do Curso de Observadores Militares das Nações Unidas, durante o mês de outubro, na Holanda. A Capitão Camila Paiva ficou encarregada de lecionar dois blocos de instruções a 18 militares de...

No Japão, Brasil apresenta oportunidades de investimento na indústria nacional

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) participou, nesta segunda-feira (4), em Tóquio, no Japão, do Encontro, promovido pela Apex, dos Setores de Promoção Comercial e Investimentos (SECOMs), Setores de Ciência, Tecnologia e Inovação...

F-39E Gripen faz sua estreia em exercício militar multinacional

O caça da Saab é destaque na CRUZEX 2024, o maior exercício de treinamento multinacional operacional da América Latina, organizado pela Força Aérea Brasileira (FAB). Mais de dois mil militares do Brasil e de outras quinze nações da América Latina, África, Europa e...

FAB inicia Exercício Cruzeiro do Sul (CRUZEX 2024)

Treinamento militar é realizado até o dia 15 de novembro na Base Aérea de Natal (BANT) A Força Aérea Brasileira (FAB) deu início, no último domingo (3/11), na Base Aérea de Natal (BANT), às atividades do Exercício Cruzeiro do Sul (CRUZEX) 2024. A abertura ocorreu com...

Forças Armadas e agências federais executam Operação “Integração III” na Amazônia

Ações combatem o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami A Operação Catrimani II, a qual conta com militares da Marinha do Brasil (MB), está intensificando o combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY), em Roraima. A Operação “Integração III”, que...

Marinha promove II Simpósio de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica

Com mais de 600 inscritos, evento contou com a participação da UFRJ e de outras instituições A Marinha do Brasil (MB) promoveu, nesta sexta-feira (1°), o II Simpósio de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica (DefNBQR), no auditório do Centro de Instrução...

Novo recorde: exportações de produtos de defesa atingem R$ 9,53 bilhões em 2024

O setor de defesa alcançou um novo recorde nas autorizações de exportações de produtos e serviços. Em 2024, o Brasil atingiu a marca de R$ 9,53 bilhões (US$1,65 bilhão), o que representa o melhor índice nos últimos 11 anos, ultrapassando a marca anterior de US$1.62...

Desenvolvimento e Integração de sistemas navais: Atech exibe suas soluções na Euronaval

Empresa brasileira leva alta-tecnologia para a principal feira global do setor A Atech, empresa do Grupo Embraer, apresentará seu portfólio de soluções de defesa e segurança, bem como demonstrará sua expertise no desenvolvimento e integração de sistemas navais...

Eve e ALLTEC: uma parceria em prol da inovação

Euvaldo Rodriguez Albaladejo* A imprensa tem destacado a participação da ALLTEC no desenvolvimento e na construção do eVTOL da Eve Air Mobility, uma aeronave idealizada para revolucionar o transporte aéreo urbano e de curtas distâncias. Achamos oportuno compartilhar...

O recente corte de quase 70% nos recursos destinados aos custos administrativos do Ministério da Defesa acende um sinal de alerta que vai além das contas de água, luz e café. A sanção do Orçamento pelo presidente Lula, com a recomendação do próprio governo ao Congresso Nacional, revela uma visão preocupante em relação à prioridade dada ao Novo PAC em detrimento da segurança e funcionamento básico das Forças Armadas e as questões estratégicas.

A importância estratégica desses recursos para a Defesa Nacional não pode ser subestimada. A verba destinada a custos administrativos é essencial para a manutenção das atividades cotidianas e o andamento de projetos cruciais. A paralisia nos processos do ministério é uma ameaça real diante do expressivo corte, comprometendo a eficácia das Forças Armadas e, consequentemente, a segurança do país.

Além disso, a análise dos cortes revela uma disparidade notável quando comparada a outras pastas. O Ministério dos Direitos Humanos, por exemplo, teve um aumento de recursos, enquanto a Defesa sofreu uma redução significativa. Isso levanta questionamentos sobre as prioridades do governo, colocando em xeque a importância atribuída à segurança nacional em relação a outras agendas.

O argumento de realocar recursos para o Novo PAC, embora seja uma prioridade do atual governo, não pode se sobrepor à necessidade de manter a integridade das instituições de defesa e seu preparo. O investimento em defesa não é apenas uma questão de segurança, mas também de fomento à própria economia do Brasil, lembrando que gera milhares de emprego no país e fomenta uma já combalida capacidade industrial estratégica, que vem sofrendo absurdamente por conta da miopia, para não dizer amadorismo, de nossos representantes no congresso e senado.

Os cortes na verba da defesa têm um impacto direto em contratos de terceirizados, projetos estratégicos e na manutenção de atribuições rotineiras do Ministério da Defesa, como por exemplo, os exercícios de interoperabilidade, e mesmo ações de suma importância a segurança de nossas fronteiras e o combate a ilícitos. A redução de milhões em despesas discricionárias é um golpe considerável, comprometendo a capacidade operacional das Forças Armadas.

É inaceitável que em um contexto de restrições orçamentárias, as Forças Armadas, responsáveis pela segurança do país, sejam duramente afetadas, enquanto outras pastas recebem aumentos. A busca por alternativas para assegurar a manutenção das atividades e projetos da Defesa reflete a urgência dessa questão, e parece que em Brasília sobram acéfalos e faltam mentes pensantes e estrategistas não apenas no que diz respeito a defesa, mas principalmente no que diz respeito a economia e geopolítica.

Os integrantes do governo argumentam que a tentativa de destinar verba para gastos administrativos dependerá do aval do Legislativo. Contudo, é imperativo que o Congresso compreenda a importância estratégica da defesa não apenas para nossa segurança e defesa, mas também para nossa economia como um todo, e a manutenção de uma mínima capacidade de desenvolvimento tecnológico e industrial no campo de defesa, o qual pode trazer muito retorno a nossa economia, e atue de maneira pró-ativa para evitar consequências graves para a segurança nacional.

É necessário questionar se esses cortes são uma retaliação a uma suposta proximidade da caserna com o governo anterior, o que demonstra a falta de compromisso de nossos governantes com as instituições e seu papel na estabilidade e segurança do país, os quais parecem apenas pensar com antolhos ideológicos e interesses próprios que suplantam os interesses e necessidades nacionais, adotando medidas “burras” em vez de uma medida equilibrada para garantir a segurança e soberania do país.

Em um contexto de incertezas globais e desafios à segurança, os cortes na Defesa não podem ser tratados como meras decisões orçamentárias, mas sim como uma ameaça à capacidade do Brasil proteger seus interesses e cidadãos. É imperativo que a sociedade e os representantes no Congresso Nacional questionem e reavaliem esses cortes, priorizando a segurança nacional em um momento de grande importância estratégica e ebulição no tabuleiro geopolítico e econômico internacional.

Por Angelo Nicolaci – Editor, Jornalista Especializado em Geopolítica & Defesa, Consultor e Palestrante com domínio em assuntos correlatos a geopolítica, defesa e a base industrial.

As informações são do Portal GBN Defense.

 

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