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NOTÍCIAS

Por Dentro da Defesa: Ministro José Mucio defende previsibilidade orçamentária e fala sobre a criação de carreira civil de Defesa

O Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, é o entrevistado da 7ª edição do programa “Por Dentro da Defesa”. Há um ano e quatro meses à frente da pasta, José Mucio falou sobre temas como a criação de carreira civil de Defesa, a participação de mulheres nas Forças...

Exército participa de exercício da Conferência dos Exércitos Americanos

A Conferência dos Exércitos Americanos é um fórum que tem por objetivo a análise, o debate e a troca de ideias e experiências relacionadas a assuntos de interesse comum no campo da defesa, a fim de aumentar a colaboração e integração entre os exércitos e contribuir...

“Não tem desenvolvimento sem crédito”, diz Alckmin em evento do BNDES e da ABDE

Durante o encontro, foi lançada plataforma que monitora execução das linhas de financiamento da Nova Indústria Brasil Nova Indústria Brasil já conta com uma ferramenta importante de monitoramento de parte de suas ações: o BNDES lançou nesta quinta-feira (25/4) uma...

Submarino Nuclear: Ministro José Mucio confere avanços na construção e benefícios nas áreas da defesa, saúde, agroindústria e energia

O Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, esteve no Centro Industrial Nuclear de Aramar (Cina) para conferir os avanços tecnológicos na construção do primeiro Submarino Nuclear Convencionalmente Armado do Brasil. A iniciativa, que aprimora a defesa nacional, envolve...

#SomosABIMDE: Conheça a BAE Systems

A campanha tem o objetivo de impulsionar a Base Industrial de Defesa e Segurança e divulgar suas capacidades, áreas de atuação, produtos e serviços A BAE Systems é uma empresa global de defesa, que fornece algumas das soluções mais avançadas do mundo para o setor...

Protocolo sobre Exportação de Produtos de Defesa Brasil-Suécia é aprovado

Ao promover o diálogo e a colaboração contínuos, o acordo contribui não apenas para o fortalecimento das relações bilaterais, mas também para a construção de um ambiente internacional mais seguro e pacífico. O texto do Protocolo sobre Controle de Exportação de...

Especialistas Discutem Impactos da Reforma Tributária em Workshop promovido pela ABIMDE

Programação faz parte de eventos programados para o primeiro semestre No dia 24 de abril, a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE) realizou mais uma edição do ciclo de workshops programados para o primeiro semestre de 2024. O...

Instituto Tecnológico de Aeronáutica promove Fórum de Educação em Engenharia com foco no futuro

Na segunda edição do Engineering Education for the Future (EEF-2024) - evento do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que acontecerá nos dias 16 a 18 de maio, em São José dos Campos, SP - será discutido o papel da Engenharia para o avanço econômico nacional e,...

“Financiar exportação é rentável para o BNDES, meritório para o País e fundamental para a indústria”

• À Agência BNDES de Notícias, diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do Banco defende retomada do apoio • Para José Luis Gordon, criação de um Eximbank garantiria às empresas nacionais apoio permanente à internacionalização Limitar os...

COMGAP apresenta sua missão para ABIMDE e associadas

Evento destaca cooperação estratégica e perspectivas de aquisições para a Força Aérea Brasileira A Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança participou, no dia 17 de abril, de um evento promovido pelo Comando-Geral de Apoio (COMGAP), em...

Até o dia 02 de agosto deste ano, a Marinha do Brasil coordenou 147 ações de busca e salvamento marítimo e resgatou com vida um total de 292 pessoas. Os pedidos de socorro são quase que diários. Dados do Salvamar Brasil, nome pelo qual é conhecido o Serviço de Busca e Salvamento da Marinha, apontam um total de 1.277 incidentes nos últimos três anos, média de uma solicitação por dia. As operações de resgate são ativadas pelas mais variadas causas, desde avaria nas embarcações até problemas de saúde a bordo dos navios e embarcações. As buscas são desencadeadas para prestar auxílio à vida humana em perigo no mar, nos portos, rios e lagos.

Recentemente, um dos casos que ganhou repercussão nacional foi o resgate dos cinco tripulantes da embarcação “Bom Jesus”, após a embarcação naufragar por causa de um incêndio a bordo, quando navegavam de Santarém ao município de Chaves (PA). Os náufragos já estavam há 17 dias em uma ilha quando a equipe de resgate da Marinha os localizou.

As atividades marítimas, tanto as recreativas como as profissionais, necessitam sempre de muita atenção e vigilância, pois o ambiente aquático é desafiador. Algo que seria resolvido com uma simples ida ao hospital pode ser complexo para aqueles que estão em alto-mar. Também pode ocorrer uma complicação mecânica, o motor do navio pode parar de funcionar no decorrer de um trajeto, deixando-o à deriva. Homem ao mar, naufrágio, desaparecimento de embarcações, necessidade de evacuação aeromédica, avarias diversas, colisão e incêndios estão entre as maiores causas de acionamento do Salvamar.

Nesses casos, a própria embarcação em perigo ou alguém que avistou um possível incidente pode entrar em contato com a Marinha por meio do telefone 185 para emergências marítimas e fluviais, disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, em todo o País. O contato também pode ser realizado por fax, e-mail ou sistemas presentes nas embarcações, denominados Sistema Global de Socorro e Segurança Marítimo (GMDSS).

A duração de uma missão de resgate varia, pois há diversos fatores que influenciam diretamente e podem impactar na fase de buscas, como o estado do mar, a temperatura da água, as roupas usadas pelos náufragos e a flutuabilidade, por exemplo. O fator de maior importância é o tempo de sobrevivência das vítimas, visto que as missões têm o propósito de salvaguardar as vidas humanas. Enquanto houver perspectiva de vida a busca permanece.

Como funciona o Serviço de Busca e Salvamento

O Serviço de Busca e Salvamento (conhecido como SAR, do inglês Search and Rescue) é empregado no mundo todo para qualquer situação anormal, em uma embarcação ou aeronave ou de seus ocupantes, que possa desencadear operações de socorro. No Brasil, a atividade de Serviço de Busca e Salvamento Marítimo é gerenciada pela Marinha do Brasil e o Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico é coordenado pela Força Aérea Brasileira (FAB). Conforme a necessidade, é efetuado apoio mútuo e as estruturas organizacionais contam com a assistência de vários órgãos estaduais e municipais, como os Bombeiros e a Defesa Civil.

Uma das primeiras diretrizes do SAR marítimo foi estabelecida pela Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar (Convenção SOLAS – 1974), compromisso internacional assinado pelo Brasil. O País também é signatário de outros tratados como a Convenção Internacional de Busca e Salvamento Marítimo (Convenção de Hamburgo, 1979) e a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM – Jamaica 1982). Em abril deste ano, o governo brasileiro editou o Decreto Nº 11.031 com objetivo de acrescentar regras para aperfeiçoar as operações de busca e salvamento marítimos.

Com os acordos internacionais assumidos nas décadas de 1970 e 1980, a Marinha implantou os Centros de Coordenação de Salvamento (Salvamar) nos Distritos Navais, que são os comandos regionais da Força, para atender a todos os incidentes de SAR. A supervisão do serviço fica na competência do Salvamar Brasil, situado na cidade do Rio de Janeiro (RJ). A atuação vai do litoral brasileiro até ao meridiano de 10° W, uma extensa área de mais de 14 milhões de quilômetros quadrados. As principais áreas navegáveis dos rios também dispõem de centros de coordenação SAR Fluvial.

A vigilância da costa é feita por meio do Sistema de Informações sobre o Tráfego Marítimo (SISTRAM), do Sistema Marítimo Global de Socorro e Segurança (GMDSS), bem como pelo Sistema de Segurança do Tráfego Aquaviário (SSTA). Além disso, a Marinha, em parceria com agências e órgãos governamentais, coordena a implementação e o aperfeiçoamento do Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz), com o objetivo de integrar os sistemas e sensores ampliando a capacidade de monitoramento das Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB) e da área SAR brasileira. Atualmente, o SisGAAz está sendo implementado em um projeto-piloto, desenvolvido para a área marítima do Estado do Rio de Janeiro, além de outras iniciativas em várias regiões do país.

Ao tomar conhecimento de um incidente SAR, o Salvamar Brasil aciona a estrutura SAR regional do local onde ocorreu o incidente, que iniciará as primeiras ações com objetivo de obter mais informações sobre o ocorrido. Após a avaliação dos dados obtidos, dos recursos disponíveis e da comunicação, inicia-se o planejamento das Operações de Socorro, onde são acionados os meios e definidos como serão feitas as buscas e o resgate da embarcação e dos sobreviventes. Nas Operações SAR, as unidades regionais avaliarão quais serão os recursos locais e meios que serão utilizados a fim de realizar as buscas, o resgate das pessoas em perigo e a assistência às embarcações em dificuldades, caso necessário.

Um papel importante no monitoramento para a segurança da navegação é exercido pelo Centro de Hidrografia da Marinha, responsável por transmitir a todos os navegantes, informações de segurança marítima por meio de Avisos-Rádio Náuticos, que contêm dados das condições meteorológicas. Em caso de incidentes, são transmitidos também Avisos-Rádio SAR, por solicitação de algum Salvamar, com informações sobre a ocorrência em andamento, justamente para que os navios no mar possam prestar socorro. Todos esses avisos são publicados em folhetos quinzenais, denominados de Avisos aos Navegantes.

Interoperabilidade

Nos meses de maio e junho, a Marinha participou, em parceria com a FAB, de um exercício operacional (EXOP) de SAR, realizado na Base Aérea de Florianópolis (SC). Chamado de “EXOP Carranca”, o exercício teve o intuito de treinar todas as áreas do sistema de busca e salvamento aeronáutico, desde o planejamento até a execução, com a simulação de cenários marítimos e terrestres.

“O Sistema SAR necessita de muita sinergia e muita sincronia por parte de todos os elos e nesse contexto é que a gente pode contar com uma parceria de longa data com a Marinha do Brasil para o melhor cumprimento da missão”, ressaltou o Chefe da Divisão de Busca e Salvamento do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Major Aviador Bruno Vieira Passos.

Desde 2009, a Marinha e a FAB mantêm um acordo operacional para uma maior interoperabilidade nas ações de SAR. Os incidentes envolvendo embarcações à deriva e homem ao mar são de responsabilidade da Força Naval, enquanto as missões envolvendo aeronaves sobre o mar ficam a cargo da Força Aérea. Em ambas as situações, uma Força pode solicitar o apoio da outra no intuito de aumentar a probabilidade de encontrar o objeto da busca e de seu resgate. 

Em algumas ocasiões, os helicópteros não conseguem ser utilizados para maiores distâncias da costa e o emprego de navios é fundamental para o êxito da tarefa. Para o Assessor de Procedimentos Operacionais do Salvamar Brasil, Capitão de Mar e Guerra Eduardo Lellis Vianna e Silva, os riscos operacionais também são minimizados pelo emprego de equipes profissionais bem treinadas, pela manutenção de boas comunicações e pela mobilização de meios e recursos materiais e humanos compatíveis com a ocorrência. “A sociedade pode contar com um sistema SAR bem estruturado, com meios preparados e em prontidão para atender a qualquer demanda”, ressalta.

Além disso, estão sendo realizadas atividades entre as Marinhas do Brasil, Uruguai e Argentina para o emprego conjunto de técnicas normatizadas por publicações reconhecidas internacionalmente pela Organização Marítima Internacional (IMO) e pela Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO). Para o Capitão de Mar e Guerra Lellis “a atividade serve de base para ações futuras que possam ocorrer no apoio mútuo aos centros de coordenação limítrofes à área SAR brasileira”.

Fonte: Agência Marinha de Notícias

 

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