No último dia 25, a Missão Amazonia 1 foi aprovada em sua Revisão de Comissionamento e considerada apta para entrar em operação de rotina e distribuir para a sociedade imagens do Brasil e do mundo.
O projeto é coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCTI), em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI). O Grupo Akaer, por meio da Equatorial Sistemas e da Opto Space & Defense, tem ampla participação no desenvolvimento e análises do equipamento.
Todos os sistemas e funcionalidades do satélite Amazonia 1 foram verificados e tiveram seu desempenho aprovado. O Centro de Controle do satélite, no INPE, unidade de pesquisa vinculada ao MCTI, em São José dos Campos – SP, integrante do Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (SINDAE), executou todas as operações das órbitas iniciais e da fase de comissionamento e está pronto para entrar em operação de rotina. O sistema de recepção, processamento e distribuição de imagens realizou todas as tarefas previstas para a câmera imageadora (que realiza o sensoriamento óptico da superfície da Terra) e os outros sistemas da carga útil e está pronto para a fase de utilização operacional do satélite.
O satélite Amazonia 1, primeiro satélite de sensoriamento remoto baseado na Plataforma Multimissão – PMM, opera normalmente e teve sua funcionalidade validada em órbita. Todos os sistemas de solo, para controle do satélite e produção das imagens, também operam normalmente e estão aprovados para a fase de utilização.
Este dia representa um grande marco para o Programa Espacial Brasileiro, com os dois grandes objetivos da Missão Amazonia 1 atendidos: a missão entra em sua fase operacional, cumprindo um dos objetivos da Missão Espacial Brasileira, estabelecida há 41 anos; e a validação em voo da PMM, cumprindo um segundo objetivo de décadas, num esforço conjunto do INPE e da AEB. Com essa validação, futuras missões que possam ser atendidas por essa plataforma poderão se beneficiar de sua herança de voo, com menores esforços e prazos de desenvolvimento e, portanto, com menor investimento.
O Brasil pode, agora, afirmar que domina o ciclo completo do desenvolvimento de satélites estabilizados em três eixos. E o amplo leque de produtos nacionais nessa missão abre perspectivas reais para nossa indústria competir, internacionalmente, no mercado espacial.
Imagens
A recepção no Brasil das primeiras imagens do satélite Amazonia 1 ocorreu em 3 de março de 2021. Após dois dias de testes com todos os subsistemas do satélite, a câmera WFI do Amazonia 1 foi ligada sobre o Brasil nas duas passagens diurnas. A primeira passagem, mais a leste, teve início às 9:57:27 e término às 10:08:27, horário local de Brasília, e foi recebida com sucesso pelas estações terrenas do INPE em Cuiabá e em Cachoeira Paulista.
A segunda passagem, mais a oeste, teve início às 11:35:27 e término às 11:47:57, horário local de Brasília, e foi recebida com sucesso pela estação terrena do INPE em Cuiabá. As estações terrenas do INPE receberam e gravaram os dados brutos da câmera WFI, que foram processados em São José dos Campos e em Cachoeira Paulista, SP.
O Amazonia 1 foi lançado na madrugada do dia 28 de fevereiro e o seu sucesso significa para o Brasil ter capacidade e autonomia em um setor altamente complexo da ciência e tecnologia.
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