A previsão é que, até o final de 2026, a pasta tenha contratado cerca de R$ 4 bilhões em iniciativas relacionadas aos temas da missão 3 da NIB
Para dar continuidade ao impulsionamento do desenvolvimento nacional até 2033, foram anunciados pelo Governo Federal, nesta quarta-feira (30), investimentos da ordem de R$ 1,6 trilhão em projetos ligados à Missão 3 Nova Indústria Brasil (NIB), previstos até 2029. A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, participou do ato, conduzido pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, em Brasília. O objetivo da Missão 3 é melhorar a qualidade de vida nas cidades, integrando mobilidade sustentável, moradia, infraestrutura e saneamento básico.
Do total dos recursos, 75% serão provenientes da iniciativa privada. A ministra Luciana Santos detalhou a contribuição do MCTI para esta nova fase da NIB. “Nós assinamos hoje a contratação de 10 projetos, através da Financiadora de Estudos e Projetos, no valor total de R$157,2 milhões. A nossa previsão é de que, até o final de 2026, teremos contratado cerca de R$ 4 bilhões em projetos relacionados aos temas dessa missão “, completou a titular do MCTI.
Dos recursos da Finep, quase R$ 10 milhões irão para o projeto de um “barco voador”, veículo capaz de voar sobre a lâmina dos rios. A tecnologia vem sendo desenvolvida pela startup amazonense AeroRiver. O equipamento poderá transportar até 10 passageiros, inclusive em períodos de seca, alcançando 150 km/h. Os demais projetos envolvem soluções para a aviação sustentável, centros de pesquisa e tecnológicos, remanufatura de resíduos e desenvolvimento de caminhão elétrico autônomo para uso industrial, entre outros.
No início de outubro, a empresa vinculada ao MCTI também assinou um contrato com a Embraer. Trata-se de um projeto de subvenção econômica no valor de R$63,3 milhões, com contrapartida de igual valor pela fabricante de aeronaves, para desenvolvimento de tecnologias que permitirão projetar e fabricar asas de alta eficiência aerodinâmica e estrutural em material compósito e de tecnologias associadas à maior automação de tarefas da tripulação.
O Programa Mais Inovação também abriu novas chamadas, com foco na sustentabilidade, para o desenvolvimento de projetos inovadores com recursos não reembolsáveis, para as empresas realizarem em parcerias com ICTs. São elas: Aviação Sustentável (R$ 120 milhões), Resíduos, Saneamento e Moradia (R$ 80 milhões) e Mobilidade Urbana (R$ 150 milhões).
Linhas de crédito
R$ 113,7 bilhões, oriundos das linhas de crédito e subvenções do Plano Mais Produção (P+P), serão investidos, dos quais R$ 48,6 bilhões já foram direcionados para projetos desde 2023, com outros R$ 65,1 bilhões disponíveis até 2026. Criado como um mecanismo duradouro de financiamento para a Nova Indústria Brasileira (NIB), o Mais Produção recebeu um aporte adicional de R$ 63 bilhões da Caixa Econômica Federal, elevando o total de recursos para R$ 405,7 bilhões destinados a projetos alinhados às seis missões da NIB. Além da Caixa, o Plano Mais Produção inclui outras instituições parceiras, como BNDES, Finep, Banco do Nordeste (BNB), Banco da Amazônia (Basa) e Embrapii.
As informações são do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.