Secretário defende aprofundamento de parceria em setores e programas que envolvem inovação e sustentabilidade
Setor automotivo, hidrogênio verde, semicondutores e biocombustíveis são algumas áreas em que Brasil e México podem aprofundar a integração das respectivas cadeias produtivas, de forma que os dois países possam desenvolver suas indústrias, com maior desenvolvimento econômico para ambos.
A avaliação foi feita pelo secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, Uallace Moreira, durante foro empresarial entre os dois países promovido pela ApexBrasil na Cidade do México na segunda-feira (30/9). O evento e a viagem integraram a agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva àquele país, para a posse da presidenta Claudia Sheinbaum.
“Temos várias oportunidades de aprofundar a integração de cadeias produtivas partindo do princípio de que a política industrial hoje é uma questão de soberania” afirmou Moreira, durante o painel Nova Indústria e Sustentabilidade. “Portanto, uma integração entre Brasil e México é extremamente estratégica para que esses países possam ultrapassar a armadilha da renda média e alcançar o nível de riqueza”.
O secretário lembrou o potencial do Brasil para a produção de hidrogênio de baixo carbono, reafirmando, porém, que ao país não quer ser apenas exportador de amônia, mas sim desenvolver a cadeia produtiva dessa fonte energética. Segundo ele, o México pode ser um importante parceiro, por exemplo, no desenvolvimento da rota eletrolítica.
“Você precisa ter um investimento robusto para comprar máquinas e equipamentos de eletrólise. O Brasil tem muito interesse em desenvolver essa cadeia e nós sabemos que esse é um desafio grande”, disse, concluindo que países como o México podem ser parceiros nesse desafio.
Também participaram do painel: Mauro Mendes, CEO da WEG México; Griscelda Ramos, diretora de Sustentabilidade a Natura México; Walker Lahmann, diretor executivo da Eurofarma; Rafael Nava, diretor de Relações Institucionais da Mabe; Carla Crippa, vice-presidente de Impacto e Relações Corporativas da Ambev. A moderação foi de Igor Celeste, gerente e Inteligência de Mercado da ApexBrasil.
As informações são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.