Oficiais da Marinha são destaques em tese militar e desempenho acadêmico
“Entrei para a Escola Naval, no Rio de Janeiro (RJ), aos 17 anos, em 2002, após passar por uma preparação de 11 meses. Foi um período muito desafiador, mas a instituição, assim como os nossos cursos de carreira, nos garante uma base forte para a formação acadêmica e também para o desenvolvimento de bons trabalhos”.
As lembranças e o reconhecimento são do Capitão de Fragata (Fuzileiro Naval) Marco Antonio Nepomuceno da Costa Filho, que acabou de receber o prêmio Lieutenant General John A. Lejeune Award, da Marine Corps University, em Quantico, na Virgínia (EUA). Após 23 anos de serviços prestados à Marinha, a consagração veio com o trabalho na pesquisa “Partindo do Mito: Uma Análise Cruzada dos Princípios de Contrainsurgência de Galula na Guerra da Argélia”.
A tese militar explorou diversas inconsistências no modelo da contrainsurgência, considerada como o conjunto de ações destinadas a derrotar forças irregulares. Para o autor, em situações dessa natureza, a atuação militar será mais eficaz à medida que os objetivos e tarefas sejam ajustados às capacidades disponíveis.
Nepomuceno é um dos dois Oficiais da Marinha do Brasil (MB) que foram premiados neste mês no exterior. Navegando pelos mesmos mares do reconhecimento também está o Capitão de Fragata da Marinha do Brasil, Alberto Ferreira Filho, que foi aprovado “com distinção” no curso de Mestrado em Defesa e Estudos Estratégicos da U.S. Naval War College, em Newport (EUA).
A história dos dois Oficiais parece repetir-se quando o assunto é formação e dedicação. Alberto que também já passou dos 20 anos de farda, entrou para o Colégio Naval ainda em 1999. Hoje, ele comemora a premiação, além de ser o único representante brasileiro da turma de 239 Oficiais-Alunos, de 43 países diferentes.
“Essa aprovação é importante não somente para mim como Oficial, mas também para a Força e para o País. A projeção da carreira e as oportunidades de intercâmbio com outras Marinhas proporcionam condições para ampliar o desenvolvimento doutrinário, por meio da multiplicação dos conhecimentos obtidos”, relata o Capitão de Fragata Alberto.
Lieutenant General John A. Lejeune Award
Realizada durante a formatura de 208 oficiais, a premiação “Lieutenant General John A. Lejeune Award” é uma referência para o meio militar por buscar melhorias por meio de ideias inovadoras. O prêmio foi criado para homenagear um dos mais importantes Comandantes-Gerais da história do United States Marine Corps, responsável por criar escolas militares nos anos 1920 e ajudar a impulsionar o desenvolvimento do caráter anfíbio e expedicionário.
Aprimorando competências
Além dos cursos de formação no Colégio Naval e na Escola Naval (graduação), os Oficiais prosseguem no processo de aprimoramento da sua capacitação ao longo da carreira. Na Escola de Guerra Naval, realizam Cursos de Altos Estudos Militares, entre eles, o Curso de Estado-Maior para Oficiais Superiores (C-EMOS), curso de Mestrado em Ciências Navais, stricto sensu, voltado para os Capitães de Fragata e de Corveta do Corpo da Armada, Fuzileiros Navais e Intendentes da Marinha.
No C-EMOS, os Oficiais estudam os conceitos de mais alto nível da doutrina naval e do emprego dos componentes do poder naval, com ênfase no planejamento em nível operacional, distribuídos em quatro grandes blocos: Operações conjuntas, Gestão e Logística; Estudos Estratégicos e Atividades extraclasse.
O excelente desempenho dos oficiais no Curso contribuiu para que fossem selecionados para cursarem no exterior, refletindo o compromisso da Marinha com o incremento da capacitação e de competências dos seus membros, por intermédio do estímulo ao estudo, à pesquisa e à meritocracia.
Clique aqui e confira as formas de ingresso na Marinha.
*Crédito foto de capa: Marine Corps University
As informações são da Agência Marinha de Notícias.