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NOTÍCIAS

MDIC e governo da China reforçam parceria estratégica para promoção da indústria, de pequenas empresas e do desenvolvimento sustentável

Documentos de entendimento foram assinados nesta quarta-feira (20) por autoridades dos dois países, durante visita do presidente da China, Xi Jinping, ao Brasil O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e órgãos públicos do governo da...

20 anos da Amazônia Azul: o mar que gera emprego e crescimento econômico

Mais de 20 milhões de brasileiros estão envolvidos direta ou indiretamente com atividades ligadas ao mar No Brasil, setores econômicos tradicionais, como o agronegócio, recebem amplo reconhecimento devido à sua importância para o emprego e a balança comercial. No...

FAB ativa operação para lançamento de foguetes no Rio Grande do Norte

Dividida em duas fases, a Operação Potiguar busca a autonomia do Brasil na atividade A Força Aérea Brasileira (FAB) vai enviar, no dia 29/11, um foguete suborbital ao espaço. Durante a Operação Potiguar, ativada na segunda-feira (18/11), um veículo de sondagem será...

Airbus entrega primeiro H145M dos 82 negociados com as Forças Armadas alemãs

Menos de um ano após a assinatura do contrato, a Airbus Helicopters entregou, em suas instalações de Donauwörth, o primeiro H145M dos 82 encomendados pela Alemanha. As Forças Armadas Alemãs (chamadas Bundeswehr) nomearam os novos H145M de "Leichter Kampfhubschrauber"...

F-39E Gripen destaca-se na CRUZEX

A estreia mundial do F-39E Gripen em um exercício multinacional de alta complexidade superou as expectativas Quase dois anos após ser incorporado ao serviço ativo na Força Aérea Brasileira (FAB), o F-39E Gripen concluiu sua participação na CRUZEX 2024. “As...

Defesa participa de congresso na Espanha para novas parcerias em pesquisa e desenvolvimento

O Ministério da Defesa, por meio da Secretaria de Produtos de Defesa (SEPROD) e do Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação (DECTI), participou, de 12 a 14 deste mês, do XI Congresso Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento em Defesa e Segurança. O evento,...

Defesa fomenta cooperação em áreas estratégicas com a Suécia

Com o objetivo de fomentar a cooperação tecnológica e ampliar o apoio mútuo em áreas estratégicas de defesa, o Ministério da Defesa (MD), por intermédio da Secretaria de Produtos de Defesa (Seprod), participou da Semana de Inovação Brasil-Suécia (Sbiw) e da Reunião do...

Dia da Bandeira

No dia 19 de novembro, comemoramos o 135º aniversário de criação da Bandeira do Brasil, símbolo maior de nossa Nação, que reflete toda nossa história, conquistas e valores. Idealizado por Raimundo Teixeira Mendes, o atual Pavilhão manteve as cores da Bandeira do...

Conheça a atuação do Salão Operacional do CGNA durante o G20

A integração entre a Sala Master e o Salão Operacional é essencial para prover uma colaboração eficiente e fluida entre diferentes entidades no gerenciamento do evento O controle do espaço aéreo brasileiro é realizado de forma ininterrupta no Salão Operacional do...

Marinha do Brasil reforça segurança nas áreas marítima e terrestre do Rio de Janeiro para o encontro de Cúpula do G20

Vigilância da Força ocorre ininterruptamente durante todo o período do evento internacional A Marinha do Brasil (MB) iniciou sua atuação na Operação “G20” com a finalidade de incrementar as ações de segurança da Cúpula de Líderes do G-20, entre 14 e 21 de novembro, no...

Por Cap Bruno Trentini Lopes Ribeiro

A crescente ameaça nos conflitos atuais proporcionada pelos Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotados (SARP), popularmente conhecidos como Drones, voltou os olhos do mundo para a necessidade de desenvolvimento bélico e doutrinário de meios capazes de se contraporem a tais equipamentos. O emprego de SARP em conflitos não é recente, muitos são os exemplos de uso, principalmente por parte das grandes potências mundiais, de equipamentos para levantamento de inteligência e ataques estratégicos em conflitos como a Guerra do Iraque ou os combates na Síria. Contudo, a atual situação traz o aumento da capacidade tecnológica ao mesmo tempo em que os equipamentos ficam menores como fatores diferenciais, que, por sua vez, exigem novas formas de abordagem dos sistemas de defesa dos exércitos.

Contrapor-se a um SARP, como o RQ-4 Global Hawk, produzido pela empresa americana Northrop Grumman, não difere dos modelos doutrinários utilizados na defesa antiaérea contra ameaças tradicionais, como caças e bombardeiros, havendo apenas a peculiaridade da necessidade de radares com maior cobertura e armamentos com maior alcance, como sistemas de média e grande altura/médio e grande alcance. Entretanto, o atual uso de SARP produzidos para emprego civil e de SARP descartáveis, como os equipamentos fabricados com papelão e empregados na Guerra da Ucrânia, traz a necessidade de atualizar o funcionamento da estrutura sistêmica de defesa antiaérea. Essa atualização não significa abandonar ou modificar o modelo já existente, mas agregar novas capacidades e visualizar como essas serão empregadas de forma integrada e harmônica dentro da sistemática de defesa antiaérea.

Em termos de defesa antiaérea brasileira, observa-se que a estrutura capitaneada pelo Comando de Defesa Antiaérea do Exército (Cmdo DAAe Ex) e executada pelos diversos Grupos de Artilharia Antiaérea (GAAAe) e Baterias de Artilharia Antiaérea (Bia AAAe), espalhados pelo território nacional, é eficaz contra essa ameaça. A capacidade de alguns dos armamentos utilizados pelo Exército Brasileiro como o sistema de mísseis RBS70 NG e a Viatura Blindada de Combate Antiaérea Gepard, a qual possui dois canhões 35 mm, garantem uma eficaz proteção das tropas e instalações contra SARP com baixíssima capacidade de reflexão das ondas radares, como é o caso, por exemplo, do SARP civil Matrice, produzido pela empresa DJI, que, de acordo com a classificação utilizada pelo Exército Brasileiro, pertence à categoria 1. Adestramentos desenvolvidos pela Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea (EsACosAAe) mostraram na prática a eficácia do material RBS70 contra alvos aéreos pertencentes à categoria 1, assim como diversos outros exemplos de utilização da viatura Gepard contra o SARP Shared, de origem iraniana, durante a Guerra da Ucrânia, também corroboram o emprego desse armamento. Entretanto, observa-se que a defesa contra aeronaves menores, classificadas na categoria 0, utilizadas principalmente para realizar reconhecimentos em níveis táticos e ataques pontuais a equipamentos e pessoal específico, requer um incremento de capacidades para a defesa antiaérea, visto que a possibilidade de detecção e de engajamento desses SARP fica comprometida pela pequena reflexão das ondas incidentes em sua fuselagem.

Atualmente, a solução encontrada para a contraposição a essas pequenas aeronaves é o uso de equipamentos de guerra eletrônica capazes de emitir ondas direcionais que interrompem a ligação entre o operador e o SARP, podendo também interromper o sinal GPS do equipamento. A eficácia de tais materiais já é de conhecimento universal, visto que sua tecnologia vem sendo aperfeiçoada constantemente devido ao emprego em grandes eventos como os Jogos Olímpicos ou a posse de líderes de governo. Entretanto, o que deve ser analisado é como empregar tais instrumentos, os quais interferem no espectro eletromagnético da região em que operam, durante um conflito. Entende-se que nas condições de defesa contra SARP, constituindo, assim, um equipamento direcionado à neutralização de vetores aéreos hostis, esses sistemas de guerra eletrônica devem ser inseridos na coordenação, já existente, da defesa antiaérea destacada no terreno.

Tal situação reveste-se de vital necessidade, pois a emissão eletromagnética gerada pelo equipamento não pode alterar ou dificultar o funcionamento de qualquer um dos subsistemas constituintes da defesa antiaérea. Dessa feita, realizando uma análise paralela e, utilizando o fundamento da defesa em profundidade presente na artilharia antiaérea brasileira, tem-se que esses equipamentos de GE constituiriam uma camada de defesa mais aproximada, ou seja, como seu raio de ação é relativamente curto, cerca de 500 metros quando realiza interferência na ligação rádio entre o operador e o equipamento, esses instrumentos realizariam a proteção mais aproximada das tropas e de instalações de interesse, sendo, dessa forma, controlado e comandado a partir do Centro de Operações Antiaéreas mais próximo, no qual estaria destacado um oficial de ligação das tropas de guerra eletrônica.

Outra solução muito empregada atualmente para desencadear uma defesa eficaz contra os SARP é a capacitação e o maior emprego dos postos de vigilância. O vigia antiaéreo, como antigamente se denominava, ou postos de vigilância são equipes destacadas em pontos estratégicos do terreno, geralmente próximo das principais rotas utilizadas pelas aeronaves para atacar, e que tem por finalidade alertar as defesas antiaéreas com tempo hábil sobre uma possível incursão inimiga. Essa doutrina durante anos pareceu ultrapassada, entretanto, hoje observamos que a manutenção dos postos de vigilância como sensores do subsistema de controle e alerta na defesa antiaérea foi crucial para que consigamos, atualmente, nos contrapor às ameaças representadas pelos novos SARP. Nos conflitos como a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, podemos observar o incremento do números de equipes de postos de vigilância destacadas por ambos os lados, principalmente para a proteção de tropas contra ataques de drones civis militarizados, os quais, muitas vezes, não são detectados pelos radares em tempo hábil.

Por fim, entende-se que o mundo já observa os SARP como uma grande ameaça nos campos de batalha e que, objetivando aprimorar sua doutrina e aumentar suas capacidades, a Artilharia Antiaérea Brasileira deve, juntamente com os elementos de Guerra Eletrônica do país, trabalhar de forma concisa na busca do incremento do sistema de defesa antiaérea já em operação pela Força Terrestre, buscando, assim, garantir a defesa contra qualquer modelo de ameaça aérea existente.

FONTE: EBLOG

Sobre o autor: O Cap Bruno Trentini Lopes Ribeiro é Oficial de Artilharia oriundo da Academia Militar das Agulhas Negras. Possui os seguintes estágios, especialização e cursos: Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais de Artilharia, Curso de Artilharia Antiaérea para Oficiais, Curso Especial de Defesa Antiaérea (Marinha do Brasil), Estágio de Artilharia e Defesa Antiaérea e Estágio de Operações Urbanas. Foi instrutor da Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea (EsACosAAe) no biênio 2022-2023. Atualmente serve no 1º Grupo de Artilharia Antiaérea – Rio de Janeiro – RJ.

As  informações são do site Defesa Aérea & Naval.

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