O evento contou com a participação de militares do Centro de Operações Espaciais (COPE), que é subordinado ao Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), de representantes de países das Américas e de organizações norte-americanas ligadas à área espacial
A Força Aérea Brasileira (FAB) participou da 3ª Conferência Espacial das Américas (SCA 2024), realizada, entre os dias 30/01 e 01/02, nas dependências do Comando Sul dos Estados Unidos (USSOUTHCOM), em Doral, na Flórida. O tema da conferência foi “Avançando na Cooperação Espacial por Meio de Objetivos Comuns” e contou com a participação de cerca de 100 pessoas, com representantes de diversos países das Américas e de organizações norte-americanas ligadas à área espacial.
O representante da FAB no evento, Coronel Aviador Alessandro Sorgini D’Amato, apresentou os destaques da área espacial dentro da Força Aérea, fazendo um breve histórico de realizações até o cenário atual.
O Coronel Aviador D’Amato ressaltou ainda a participação dos militares do COPE que compõem a Célula das Américas nas atividades da Joint Task Force-Space Defense (JTF-SD) Commercial Operations (JCO).
Além disso, durante o evento foram realizados diversos contatos com outras Forças, em especial com a própria Força Espacial dos Estados Unidos (United States Space Force – USSF) e com a Guarda Aérea Nacional de Nova York (New York Air National Guard), em busca de intercâmbios de especialistas e participação em exercícios internacionais, fortalecendo ainda mais as parcerias já existentes.
A Comandante do USSOUTHCOM, General de Exército Laura Richardson, enfatizou a importância do espaço na identificação e combate das ameaças comuns aos países das Américas, desde enchentes até exploração ilegal de recursos naturais. “É fundamental estabelecermos uma parceria internacional para atacarmos tais ameaças de maneira agressiva e decisiva”, afirmou.
Já o Chefe da Delegação Brasileira, Brigadeiro do Ar Éric Cézzane Cólen Guedes, que assumirá a Chefia do COPE nos próximos dias, sugeriu a criação de Grupos de Trabalho para identificação de necessidades de cada país. “Também é importante o estabelecimento de um roadmap, de modo que na próxima SCA já seja possível apresentar resultados e decisões, pois, como foi citado algumas vezes durante o evento: ‘A hora é agora… e estamos atrasados!'”, disse.
O JCO é um sistema de monitoramento de objetos espaciais da USSF, e as Células que o apoiam são interoperáveis e conectadas virtualmente por meio de um ambiente para operações de Space Domain Awareness (SDA), as quais permitem uma compreensão compartilhada das atividades em órbita e fornecem informações não confidenciais para apoiar operações espaciais. Em complemento, foi destacado que o Brasil se tornou o primeiro país a integrar informações de radares de rastreamento para tal Sistema.
A atuação brasileira nas operações do JCO foi muito elogiada e, por isso, o Coronel Aviador D’Amato também participou de um painel de debate sobre tal sistema juntamente com representantes dos EUA, do Canadá e do Equador.
Texto e Fotos: Coronel Aviador D`Amato / COMAE e Major Engenheiro Kleiffer / EMAER
As informações são da Força Aérea Brasileira.