Nesta quarta-feira (8), foi realizada a Conferência Hemisférica de Defesa Cibernética 2023, promovida pela Junta Interamericana de Defesa (JID). O encontro, que aconteceu em Washington, nos Estados Unidos (EUA), reuniu representantes de governos, de segurança cibernética e militares para discutir sobre o cenário do setor.
Com o tema “Fortalecendo os escudos cibernéticos: rumo à cooperação hemisférica em defesa digital”, a conferência teve o objetivo de compartilhar novos caminhos, práticas e conhecimentos sobre a segurança digital em todo o mundo. A ideia é criar oportunidades e incentivar a interação e a colaboração dentro da categoria.
Durante a abertura, o Major General Heitkamp, do Exército dos EUA, reconheceu a importância do Brasil nos esforços pelo trabalho cibernético. “Tudo o que temos foi proporcionado pelo Brasil e seu espírito de coletividade. Por isso, gostaria que todas as nações da JID saibam dessa liderança. Somente podemos alcançar o sucesso através da cooperação”, destacou.
O General de Brigada Luís Carlos, representante do Exército Brasileiro, complementou a fala do militar americano e declarou o quanto o setor cibernético é desafiador. “No Brasil, existem cerca de 245 milhões de equipamentos com acesso à internet, para 214 milhões de habitantes. Somos um dos únicos países a disponibilizar o acesso aos serviços do governo de forma digital, o que nos coloca como o segundo país com o maior número de ataques cibernéticos”, pontuou.
Atualmente, nos níveis político e estratégico, a segurança digital brasileira está organizada entre o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, o Ministério da Defesa (MD) e o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA). A estrutura também conta com campos operacionais e táticos.
No evento, ainda foram discutidos métodos de defesa para fortalecer a segurança digital hemisférica e coibir os ataques cibernéticos, que atingem, indistintamente, todos os países, independente de fronteiras. O Diretor-Geral da JID, Major-Brigadeiro do Ar Flávio Luiz de Oliveira Pinto, encerrou a conferência destacando cooperação dos setores. “O nosso objetivo foi estimular o desenvolvimento, no mais alto nível, do ambiente hemisférico no campo da defesa cibernética, a fim de contribuir com a promoção de oportunidades, a cooperação e a interação no setor”, disse.
As informações são do Ministério da Defesa.