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O Grupo Equatorial Energia projetou e construiu uma rede elétrica inteligente, inovadora e de grande potência, para atender as demandas de energia durante os lançamentos de satélites e foguetes, do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. Com mais de 2,8 mil placas solares, a usina dará mais autonomia às operações, proporcionará uma redução de até 40% no consumo de energia no local. O sistema também provê segurança e geração de energia limpa, além de diminuir o uso de geradores a diesel utilizados como backup durante os lançamentos do CLA, permitindo também a redução de CO2.

Com o investimento de aproximadamente R$ 18 milhões, o projeto contempla um robusto sistema de armazenamento, que conta com baterias de tecnologia de íons-lítio, que armazenam energia com o triplo de capacidade dos outros tipos de bateria. A construção da rede, entregue no último dia 16/06, é resultado de um convênio entre a Equatorial e o CLA, assinado em 2020.

Todo o projeto foi desenvolvido por meio do programa de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Equatorial Energia e Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica, tendo o Instituto de Energia Elétrica da UFMA – Universidade Federal do Maranhão como parceiro tecnológico de desenvolvimento, e contando com as parcerias da Força Aérea Brasileira (FAB), da Agência Espacial Brasileira (AEB), além da Enova Energia, empresa do Grupo Equatorial.

A rede elétrica inteligente gera energia solar e conta com 2.832 painéis solares de 445 Wp (Watt-pico). A usina fotovoltaica, implantada pela Enova possui 1,25 MWp (Megawatt-pico), capaz de gerar 1.823 MWh de energia por ano. O projeto contempla também um robusto sistema de armazenamento de energia, que conta com um sistema de baterias (BESS) de tecnologia de íons-lítio, que armazenam o triplo de energia, se comparada aos outros tipos de bateria, com potência instalada de 1MW e 1MWh de capacidade de armazenamento.

Para se ter uma ideia, a quantidade de energia que essas baterias conseguem prover daria para ligar 1.000 fornos microondas ao mesmo tempo durante 1 hora. O grande diferencial em relação às microrredes elétricas fotovoltaicas comuns, é que o sistema proporciona um sistema de energia interligado de maneira automática entre quatro opções de fontes de energia.

Toda essa estrutura traz resiliência e mais segurança para os lançamentos. Antes os geradores a diesel eram utilizados necessariamente durante os lançamentos para trazer um suporte de segurança para a rede. Agora, com a rede inteligente, há uma alimentação via rede elétrica convencional somada à geração de energia solar, e ainda, a energia armazenada nas baterias, além do acionamento automático dos geradores a diesel, em última instância, caso haja pane ou descarga das baterias.

Nas redes comuns, quando a energia da distribuidora é interrompida, ela desenergiza toda a rede por questão de segurança, já a rede construída no CLA não sofre interrupções e atende a necessidade de ter resiliência de energia, pois a rede não pode parar. E essa rede elétrica inteligente instalada aqui no CLA é um produto diferenciado de grande inovação. Vale pontuar ainda, que não apenas conseguimos garantir a alimentação dos equipamentos durante a fase crítica das operações, mas também garantimos a qualidade de energia e evitamos danos aos equipamentos de rastreio e coleta de dados.

Além de fornecer resiliência e segurança, a implementação dessa rede também vai trazer o benefício de uma redução de 30 a 40% do consumo de energia mensal do CLA. Vale ressaltar que quando existem atividades de lançamento, há um aumento de 30% no consumo de energia elétrica, o que equivale a cerca de 130.000 kWh de energia por mês, em decorrência da ativação das áreas operacionais, incluindo radares, receptores de telemedidas e sistemas meteorológicos, além da necessidade de se manterem os ambientes técnicos com condicionamento de ar acionado para evitar a degradação dos equipamentos desses locais.

O Professor Luiz Antonio, coordenador do projeto na UFMA, destaca que se trata de um projeto pioneiro no Brasil. “Esta pesquisa representa um marco no uso de tecnologia de microrredes no Brasil pois inova no conceito de microrrede voltada para atender as peculiaridades de operação e segurança de um centro de lançamento de foguetes, com requisitos de resiliência, confiabilidade e qualidade de energia. A participação do IEE/UFMA no desenvolvimento deste projeto consolida o grupo como pioneiro em pesquisa aplicada nesta área no Brasil”, destaca o professor.

De acordo com Sergio Rodrigo, superintendente de Digital, Inovação e Projetos Estratégicos do Grupo Equatorial, “por meio dos projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) realizados pela Equatorial e Aneel, ampliamos o incentivo à exploração de tecnologias, envolvendo a Academia e trazendo inovação por meio de projetos que fomentam o uso de energia limpa. E no caso da rede elétrica inteligente do CLA, contribuímos para a redução de impactos ambientais provenientes de combustíveis fósseis, como o diesel que era utilizado com frequência por meio dos geradores do CLA.

Para se ter uma ideia, se tomarmos como base 14 horas de operação de lançamentos utilizando geradores a diesel, temos mais de 500 kg de CO2 (dióxido de carbono) lançados no meio ambiente”, pontua Sergio, que destacou ainda a importância de contribuir com a modernização tecnológica contínua do Centro de Lançamento de Alcântara.

O Diretor do CLA, Coronel Engenheiro Benitez contextualizou a importância da entrega para o momento. “Nos tempos atuais, onde o desenvolvimento, a tecnologia e a inovação constituem os pilares gerenciais para a consecução de todo e qualquer projeto, dos grandes aos pequenos, dos simples aos de maior complexidade, é salutar que estejamos perfeitamente alinhados e na constante órbita das boas práticas ambientais e dos valores que norteiam a sustentabilidade, isto é, a utilização responsável e inteligente dos recursos naturais à nossa disposição. Afinal, energia inteligente é energia segura, limpa, sustentável e ambientalmente correta”, completa o Coronel.

A iniciativa está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, do qual o Grupo Equatorial é signatário, com três prioridades: Educação de Qualidade, Energia acessível e limpa e Ação Global contra a mudança global do clima. “Dentro da estratégia ESG do Grupo Equatorial, temos como iniciativa atuar com inovação, pesquisa e sustentabilidade. Projetos que envolvem tecnologia de ponta, como este desenvolvido no CLA, colaboram para uma nova perspectiva de busca pelo desenvolvimento de estudos que fazem o uso da energia limpa atrelada a espaços de importância mundial. Nossos investimos constantes em Pesquisa e Desenvolvimento, reúnem a comunidade científica e instituições importantes servindo de celeiro para estudos que envolvem o Brasil e o mundo, indo muito além dos estados em que atuamos. Com esse projeto contribuímos fortemente para os avanços dos investimentos aeroespaciais”, destacou Augusto Miranda.

As informações são da Revista Controle & Instrumentação.

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