Os hemoderivados são medicamentos produzidos a partir do plasma humano, excedente do uso hemoterápico, obtido nas doações de sangue realizadas nos hemocentros brasileiros. Em funcionamento, a fábrica de em Goiana (PE), tem capacidade de fracionar até 500 mil litros de plasma por ano e de produzir quatro dos tipos de hemoderivados de maior consumo no mundo: Albumina, Imunoglobulina e Fatores VIII e IX da coagulação.
Responsável por aumentar a independência do Brasil no setor de derivados do sangue e biofármacos, a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), recebeu um selo que a classifica como Empresa Estratégica de Defesa (EED), concedido pelo Ministério da Defesa.
Com a certificação, a Hemobrás passa a ser classificada como essencial para a promoção do desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro e fundamental para a preservação de segurança e defesa nacional contra ameaças externas, segundo a Lei Nº. 12.598, que rege o setor. O ato oficializando a titulação foi publicado nesta terça-feira (20), no Diário Oficial da União.
Assim, a empresa tem reconhecida sua atuação no serviço de gerenciamento do plasma e o projeto de fabricação de hemoderivados e biotecnológicos no Brasil como de valores estratégicos para a independência do país em relação ao mercado externo e para eventuais conflitos armados, guerras e pandemias.
“Com este selo, a Hemobrás é oficialmente reconhecida como uma empresa que produz produtos estratégicos de defesa. Isso contribui, de um lado, para o fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial de Saúde, e, de outro, insere a empresa no âmbito da soberania nacional. Trata-se de uma grande conquista, que compartilhamos com todos que fazem a Hemobrás”, comemorou Luciana Silveira, presidente substituta e diretora de Administração e Finanças da Hemobrás.
O trabalho realizado pela Hemobrás auxilia no acesso da população a medicamentos essenciais à vida de milhares de pessoas com hemofilia, além de pacientes de imunodeficiências primárias ou erros inatos do sistema imune, queimaduras graves, Aids, câncer, entre outras doenças.
As informações são do Diário de Pernambuco.