A manutenção de parcerias entre o Brasil e França no que se refere a projetos voltados para a segurança foi o mote da primeira reunião do ano do Conselho Empresarial de Defesa e Segurança Pública da Firjan, realizada nesta quarta-feira (1/3). Na ocasião, o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira enfatizou, juntamente com o presidente do Conselho, Carlos Erane Aguiar, o potencial dos dois países para o desenvolvimento de tecnologias para a Indústria da Defesa.
“Nossos países têm uma relação histórica nos mais diversos domínios e acredito que outras parcerias na área de defesa podem ser possíveis e merecem ser consideradas. O potencial é enorme”, destacou o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio se referindo a possíveis avanços para a Indústria da Defesa.
Ele abriu o encontro em que foram destacadas as ações da Marinha do Brasil, apresentadas pelo vice-almirante Carlos Eduardo Horta Arentz. A perspectiva geopolítica, sob olhar europeu, sobre os impactos da guerra entre Rússia e Ucrânia, marcou a participação da comitiva francesa, representada pela embaixadora Cécile Pozzo di Borgo e pelo almirante da Marinha francesa, Alain Coldefy.
O presidente do Conselho Empresarial de Defesa e Segurança Pública da Firjan, Carlos Erane de Aguiar, destacou o potencial do Brasil para o avanço de parcerias entre os países. “O Brasil tem mais de 8,5 milhões de km2 de extensão territorial, sendo praticamente metade da América do Sul. Como o terceiro maior produtor de alimentos do mundo e com uma base industrial diversificada, o Brasil se apresenta como uma alternativa segura para investimentos e acordos internacionais, inclusive para a transferência de tecnologia”, enfatizou Erane.
Os projetos desenvolvidos pela Marinha do Brasil, em parceria com a França, foram apresentados pelo vice-almirante Carlos Eduardo Horta Arentz, que ressaltou o trabalho desenvolvido para a produção de submarinos. Ele pontuou ainda a importância da economia do mar para o Brasil, que possui um movimento portuário em crescimento e atentou para os cuidados para combater os crimes ambientais, que representam prejuízos para a economia e sociedade como um todo.
No que se refere aos investimentos na indústria da defesa, o vice-almirante enfatizou ainda a prioridade em prestigiar o conteúdo local. “Quando falamos em defesa vem à mente equipamentos de segurança, mas há uma gama de produtos que oferecem oportunidade de emprego para setores da sociedade. O Rio de Janeiro é o segundo estado com empresas de defesa cadastradas e tem grande potencial de interação com as forças armadas”, destacou o Arentz.
Na ocasião, foram citadas as diversas iniciativas desenvolvidas pela Firjan em prol da Indústria da Defesa, com suporte em ações feitas em parceria com o Cluster tecnológico Naval do Rio de Janeiro. A federação atua em parceria com a Marinha através de acordo de cooperação para a qualificação profissional de militares da Marinha, além de apoio ao projeto Soldado Cidadão, do Ministério da Defesa em iniciativas realizadas nos Centros de Instrução da federação.
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