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O Brasil precisa criar um ambiente que facilite para as empresas desenvolverem pesquisa própria de modo a impulsionar os investimentos em ciência, tecnologia e inovação (C,T&I) no país e, consequentemente, seus benefícios econômicos e sociais. A avaliação foi feita por Carlos Henrique de Brito Cruz, vice-presidente sênior da Elsevier Research Networks e ex-diretor científico da FAPESP, em palestra na cerimônia de encerramento do Ciclo de Conferências FAPESP 60 Anos, realizada no dia 14 de dezembro.

“Ainda não se reconheceu no debate sobre ciência, tecnologia e inovação no país que a empresa é um lugar muito importante da pesquisa. No mundo inteiro a empresa é um lugar onde se cria conhecimento, às vezes mais avançado do que na universidade”, disse Brito Cruz. Mencionou que um exemplo nesse sentido é o que está ocorrendo na computação quântica, em que empresas como Google, Microsoft e IBM estão liderando a pesquisa nessa área.

“A empresa é um lugar essencial da pesquisa que vai levar ao desenvolvimento econômico. A maior parte da economia de um país não é movida por ideias da universidade, mas por pessoas que se educaram nessas instituições e foram trabalhar em empresas. É daí que vem o PIB [Produto Interno Bruto]”, avaliou Brito Cruz. Para ser um lugar relevante da pesquisa, a empresa precisa empregar pesquisadores e não só estabelecer parcerias com universidades, ponderou.

O número de pesquisadores contratados pelas empresas no Brasil, contudo, está abaixo da média de outros 44 países, ocupando as últimas posições nesse quesito, ao lado da África do Sul e da Argentina. De acordo com dados relativos a 2017, no Brasil há 59 mil pesquisadores trabalhando em empresas – equivalente a 290 por milhão de habitantes e a 19 por bilhão do PIB do país. Na Coreia do Sul, cujo tamanho da população equivale a um quinto da brasileira, há seis vezes mais e, nos Estados Unidos, o número é dez vezes maior, comparou Brito Cruz.

Os investimentos feitos pelas empresas estabelecidas no Brasil em pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I) também estão aquém da média mundial. Segundo dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), do total de R$ 89 bilhões de dispêndios feitos no país em 2019 para essa finalidade – que equivalem a 1,21% do PIB do país –, 51% foram oriundos do governo e de universidades públicas e privadas e 49% de empresas.

A despeito da criação nos últimos anos de subsídios voltados a estimular a realização de pesquisa nas empresas esse percentual se manteve e nunca superou a marca de 0,6% do PIB, sublinhou Brito Cruz.

“No Brasil, criou-se a ideia de que a inovação é movida a incentivos, mas o problema é o ambiente econômico que não obriga as empresas brasileiras a quererem ser as melhores em suas áreas no mundo. Por mais que se dê incentivos, elas não fazem isso”, disse.

De acordo com dados apresentados por Brito Cruz, o total de dispêndios feitos por diversos países para incentivar a pesquisa nas empresas vem caindo desde 1980 e atualmente está abaixo de 10% do total de gastos em C,T&I, a despeito de os investimentos em P,D&I de suas empresas terem aumentado no mesmo período. Isso seria mais um indicador de que não são subsídios diretos que estimulam a pesquisa nas empresas.

“Não é o fato de ter a Lei do Bem que move a empresa a fazer pesquisa, mas a competição, a busca por novos mercados que faz com que queiram fazer amanhã algo melhor do que faziam ontem. Quando ela quiser se desenvolver, ela pode se beneficiar dos incentivos”, avaliou.

Impulso dos gastos

Segundo dados apresentados por Brito Cruz sobre a variação dos gastos governamentais em C,T&I nos últimos anos em diversos países, o aumento do dispêndio mundial para essa finalidade tem sido puxado pelos investimentos das empresas.

Nos Estados Unidos, por exemplo, o gasto total anual das empresas em P,D&I soma US$ 400 bilhões. Em contrapartida, o orçamento anual da agência governamental norte-americana de amparo à pesquisa – a National Science Foundation (NSF) – é de US$ 8 bilhões.

“Os gastos das empresas americanas em pesquisa são 400 vezes maiores do que o dispêndio anual que a NSF fará para apoiar o programa lançado recentemente no país para incentivar o desenvolvimento de chips [o Chips and Science Act, que aportará US$ 52 bilhões nos próximos anos para reforçar a pesquisa e o desenvolvimento de semicondutores no país],” comparou Brito Cruz.

No caso do Brasil, para aumentar o total de dispêndios em C,T&I de 1,2% para 2% do PIB nos próximos anos, por exemplo, a contribuição das empresas também será essencial. “A maior parte dessa diferença terá que ser carregada pelo gasto em pesquisa nas empresas e não pelo governo”, disse.

As informações são da Agência Fapesp

 

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