O Brasil celebra hoje, 7 de setembro de 2022, o bicentenário de sua independência, tornando-se um país livre do jugo colonial. O processo ocorreu em paralelo aos movimentos similares que tomavam as colônias da Espanha na América.
Esse processo, que chegou ao bicentenário este ano, teve como grande personagem Pedro de Alcântara, também conhecido, depois de sua coroação, como D. Pedro I. Outro personagem que se destacou nesse contexto foi José Bonifácio de Andrada e Silva, que ficou para a história como o Patriarca da Independência.
Bicentenário
A independência aconteceu como reflexo direto da tentativa da burguesia portuguesa de recolonizar o Brasil e de reverter os avanços que tinham acontecido no país desde a chegada de D. João VI ao Rio de Janeiro, em 1808.
A transferência da corte portuguesa para o Brasil aconteceu em decorrência da invasão de Portugal por Napoleão, imperador da França, depois que o monarca português não aderiu ao Bloqueio Continental imposto contra a Inglaterra.
Com a chegada da família real portuguesa, uma série de mudanças aconteceu no país, como abertura dos portos, autorização dos comerciantes a negociarem com os ingleses, dentre outros. O ponto máximo dessa evolução foi a incorporação do Brasil ao chamado Reino Unido de Portugal e Algarve, o que na prática fazia com que o Brasil deixasse de ser colônia e fizesse parte efetivamente da nação.
A revolta portuguesa
Esse novo quadro, no entanto, não satisfez os portugueses. Uma reação a este estado de coisas foi a chamada Revolução Liberal do Porto, de 1820. Os portugueses formaram em Portugal uma espécie de Assembleia Nacional, nomeada de Cortes Gerais, que tinha como grande objetivo enfrentar a crise econômica que afetava o país. As cortes passaram a exigir duas coisas de imediato: o retorno de D. João VI a Lisboa e o rebaixamento do Brasil à condição de colônia.
O rei D. João VI retornou a Lisboa em abril de 1821, mas manteve no Brasil seu filho, D. Pedro. E deu a ele um conselho definitivo: “Se o Brasil se separar, antes seja para ti, que me hás respeitar, do que para algum desses aventureiros”.
O Dia do Fico e a Independência
D. Pedro permaneceu, mas a pressão das Cortes para que também retornasse era cada vez maior. Até que, no dia 9 de janeiro de 1822, ocorreu o famoso Dia do Fico. Nesse dia, durante uma audiência do Senado, D. Pedro teria dito as seguintes palavras: “Como é para bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto; diga ao povo que fico”. Essa fala consolidou sua posição como defensor dos brasileiros.
O movimento definitivo pela Independência ocorreu no dia 2 de setembro, quando o decreto de Independência foi assinado por sua esposa, Maria Leopoldina, e enviada a D. Pedro, que estava rumando para São Paulo. O príncipe regente recebeu a correspondência no dia 7 de setembro, às margens do rio Ipiranga, às portas da cidade. Ali mesmo, bradou: “Independência ou Morte!”
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