Na última sexta-feira (29), o Ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, prestigiou a cerimônia de transmissão do cargo de comandante da Escola Superior de Guerra (ESG), realizada na sede da instituição, no Rio de Janeiro. Na oportunidade, o Tenente-Brigadeiro do Ar Luis Roberto do Carmo Lourenço passou o comando da unidade para o General de Divisão Adilson Carlos Katibe. Com mais de 70 anos de história, a ESG integra a estrutura do Ministério da Defesa (MD) e consolida conhecimentos acadêmicos para o planejamento de Defesa Nacional.
“O tempo para nossa escola também não para. Já somamos 73 anos desde a sua criação e, cumprindo fielmente os propósitos dos seus idealizadores, a ESG se mantém com retidão, na proa estabelecida, tornando-se um centro permanente de debates e pesquisas de problemas brasileiros voltados para o binômio segurança e desenvolvimento”, disse o Tenente-Brigadeiro do Ar Luis Roberto do Carmo Lourenço.
Participaram da solenidade o Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, General de Exército Laerte de Souza Santos; o Secretário-Geral do MD, Sérgio José Pereira; entre outras autoridades, civis e militares.
Mulher no comando
No último dia 4, a Brigadeiro Médica Ana Paola Brasil Medeiros assumiu a direção do Departamento de Saúde e Assistência Social (DESAS), do Ministério da Defesa. Ela é a primeira oficial-general mulher a ocupar um cargo na pasta. A ascensão do segmento feminino na carreira militar segue os mesmos critérios dos homens e tem sido cada vez maior. Atualmente, as Forças Armadas contam com 35 mil mulheres em suas fileiras.
A Brigadeiro Ana Paola é natural da cidade do Rio de Janeiro e ingressou na Força Aérea Brasileira em 20 de setembro de 1993. Durante a carreira, teve passagens importantes, como Comandante do Esquadrão de Saúde da Base Aérea de Porto Velho, Diretora do Instituto de Medicina Aeroespacial Brigadeiro Médico Roberto Teixeira (Imae), Diretora do Hospital de Força Aérea de Brasília (HFAB), entre outras.
“Assumir o cargo é um desafio. A gente nunca chega pronta. Vamos aprendendo com o passar do tempo, e isso ocorre em todos os lugares que eu sirvo. É isso que mais me motiva. O nível estratégico de decisão desse cargo exige muito, principalmente, de um trabalho de equipe. Vai ser uma experiência bem interessante trabalhar com as três Forças Armadas”, destacou a militar.
O número de mulheres nas Forças Singulares e cada vez maior. Atualmente, na Marinha, elas representam acima de 12,7%; no Exército, 5,7%; e na Força Aérea, 19,7%.
Mulheres nas Forças
Ainda que seja pioneira na Defesa, a Brigadeiro Ana Paola não é a única oficial-general das Forças Armadas. Em 2012, a Contra-Almirante (Md) Dalva Maria Carvalho Mendes, da Marinha, foi a primeira brasileira a alcançar o generalato. Seis anos depois, em 2018, a Contra-Almirante (EN) Luciana Mascarenhas da Costa Marroni ascendeu, também, ao posto de oficial-general.
Em novembro de 2020, a Brigadeiro Médica Carla Lyrio Martins fez história, sendo a primeira militar oficial-general do corpo feminino da Força Aérea Brasileira. Ela, também, foi a primeira mulher a comandar uma organização militar da FAB, em 2015, quando recebeu o comando da Casa Gerontológica Brigadeiro Eduardo Gomes (CGABEG), localizada no Rio de Janeiro (RJ).
O Exército, apesar de ainda não possuir mulheres nos mais altos postos da carreira, formou, em 2021, na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), a primeira turma mista, com 391 cadetes, sendo 368 homens e 23 mulheres. A formação de mulheres na linha combatente do Ensino Militar Bélico era inédita.
As informações são do Ministério da Defesa.
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