Importante iniciativa voltada para o desenvolvimento de estudos científicos, o Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), completa 40 anos de atuação, nesta quarta-feira (12). As análises realizadas no continente mais frio do mundo são essenciais para monitoramento de fenômenos naturais e, também, promovem avanços nas áreas de ciência e saúde.
Na Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), estrutura do Brasil no continente Antártico, toda parte logística é coordenada pela Marinha do Brasil e apoiada pela Força Aérea Brasileira. Desde a sua criação, aproximadamente 4 mil integrantes de equipes cientificas já passaram pelo Proantar.
Além de projetar o Brasil no cenário internacional, os estudos realizados em solo antártico beneficiam a população. Como exemplo, o projeto Briotech desenvolvido pela Universidade Católica de Brasília, que realiza análise de genomas e avalia potenciais anticâncer de uma espécie de planta presente na Antártica.
O Comandante da EACF, Capitão de Fragata Alessandro Gursky, explicou que essa pesquisa “visa entender a capacidade de sobrevivência de plantas em ambientes extremos para possíveis aplicações agrícolas e a descoberta de novos medicamentos para tratamento de câncer e infecções microbianas”.
Além desse projeto, também está em andamento o Fioantar, da Fundação Oswaldo Cruz. Segundo o Capitão de Fragata, a pesquisa busca gerar o conhecimento e vigilância e prevenção de novas epidemias. “Está trazendo benefício para população e para o Sistema Único de Saúde”, destaca.
PROANTAR
O PROANTAR foi criado em 12 de janeiro de 1982 para promover pesquisas científicas diversificadas de alta qualidade na região da antártica. A primeira operação desenvolvida pela iniciativa levou o Brasil a ser reconhecido, em 1983, como membro Consultivo do Tratado da Antártica, um acordo de cooperação entre países interessados na região. A missão abriu portas para a participação ativa do Brasil nas decisões referentes ao continente. A segunda operação, em 1984, foi a implantação da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF).
Além de promover meios que permitam a expansão das pesquisas científicas e tecnológicas no mar e no Continente Antártico, uma das metas do programa é apoiar a formação, o aperfeiçoamento e a especialização de pesquisadores brasileiros em assuntos antárticos e em outras áreas de conhecimento de interesse para o Brasil.
O programa conta, também, com a parceria dos Ministérios das Relações Exteriores; da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações; do Meio Ambiente; do Turismo; Casa Civil; Ministério do Desenvolvimento Regional; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; da Cidadania; Minas e Energia. Além desses órgãos, são parceiros do PROANTAR o Ministério da Justiça de São Paulo e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
Fotos: Marinha do Brasil/Edson Vandeira – CNPq
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