O 32º Grupo de Artilharia de Campanha (32º GAC) participou da Operação Formosa 2021, no período de 13 a 17 de agosto de 2021. Contando com a presença do Presidente da República, Jair Bolsonaro, e ministros de Estado no Campo de Instrução de Formosa, em Goiás, a atividade teve o objetivo de apresentar uma síntese das principais atividades realizadas pelos fuzileiros navais, bem como o trabalho conjunto entre as Forças Armadas em missões especiais e conflitos armados. Essa foi a terceira fase da operação e contou, pela primeira vez, com a participação do Exército e da Aeronáutica, passando a integrar o calendário operativo do Ministério da Defesa.
O 32º GAC, também chamado de Grupo D. Pedro I, utilizando os obuseiros L118 “Light Gun”, participou da operação com cinco peças e foi apoiado por duas peças do 26º Grupo de Artilharia de Campanha (26º GAC), sediado na cidade de Guarapuava (PR). No exercício, o 32º GAC e o 26º GAC apoiaram pelo fogo as atividades desenvolvidas pela Marinha do Brasil e pela Força Aérea Brasileira.
Com seus órgãos desdobrados no terreno (linha de fogo, central de tiro e topografia), a Artilharia do Exército evidenciou a eficiência do emprego do computador de tiro do Sistema Gênesis. Na ocasião, também foi testado o obuseiro L 118 “Light Gun” com tiro real, que havia sido recuperado e manutenido pela equipe de manutenção do 32º GAC e do Arsenal de Guerra de São Paulo.
Adestramento
Integrantes da Força de Prontidão (FORPRON) da 12ª Brigada de Infantaria Leve Aeromóvel participaram de um exercício de adestramento entre os dias 9 e 13 de agosto. Denominado Falcão Pantanal, o exercício contou com a participação de 103 militares da brigada. As instruções foram conduzidas pelo Centro de Instrução de Operações no Pantanal (CIOpPan), estrutura de ensino orgânica do 17º Batalhão de Fronteira, em Corumbá (MS).
O treinamento contou com duas fases. A primeira foi de adaptação e sobrevivência em ambiente pantaneiro para os estagiários da 12ª Brigada de Infantaria Leve Aeromóvel – 12ª Bda Inf L (Amv). Eles tiveram instruções sobre estacionamentos e abrigos, alimentos de origem vegetal e animal, armadilhas de caça e pesca, orientação fluvial diurna em ambiente pantaneiro, rastreamento e contrarrastreamento, obtenção de água e fogo, conhecimento e identificação de animais peçonhentos, transposição de curso d’água e navegação fluvial, entre outras.
Já a segunda fase consistiu do planejamento e da execução de uma operação ribeirinha, em que os militares puderam colocar em prática os conhecimentos adquiridos durante as instruções da fase anterior. Ao final do adestramento, as tropas da 12ª Bda Inf L Amv foram brevetadas com o distintivo semicircular de “Pantanal”, que identifica o combatente apto a atuar no inóspito ambiente pantaneiro do Brasil.
Cabe destacar que todos os envolvidos no adestramento foram submetidos a testes de verificação de infecção por covid-19 antes de se deslocarem para a atividade, e que, durante as atividades, foram cumpridos todos os protocolos de prevenção à doença.
A 12ª Bda Inf L (Amv), integrante do Sistema de Prontidão do Exército Brasileiro (SISPRON), é uma tropa de emprego estratégico apta a atuar em qualquer região do Brasil. Por essa razão, a tropa se adestra constantemente nos ambientes operacionais de selva, montanha, caatinga e pantanal, de forma a conhecer as particularidades de cada região.
Participaram do adestramento o 6º Batalhão de Infantaria Leve (6º BIL), a Companhia de Comando da 12ª Brigada de Infantaria Leve Aeromóvel (Cia Cmdo 12ª Bda Inf L), a 12ª Companhia de Engenharia de Combate Leve (12ª Cia Eng Cmb L), a 12ª Companhia de Comunicações Leve (12ª Cia Com L), o 12º Pelotão de Polícia do Exército e o Curso de Formação de Cabos.
Jogos de Guerra
No período de 9 a 13 de agosto, a 3ª Divisão de Exército (3ª DE) participou da Operação Imembuí, exercício militar coordenado pelo Comando Militar do Sul (CMS). A atividade consiste em uma simulação de combate em nível tático, onde o estado-maior da Divisão Encouraçada aplica os conhecimentos doutrinários, utilizando suas brigadas como elementos de manobra.
Nesse tipo de exercício, é utilizada a simulação construtiva (jogo de guerra), que se baseia em um ambiente virtual conduzido pelo software Combater, desenvolvido para recriar ações de combate, apoio ao combate e de não guerra. O software permite a adaptação do sistema de acordo com a doutrina militar do Exército Brasileiro, proporcionando grande economia de meios, uma vez que não contempla o emprego real de tropas no terreno.
Para interligar todos os postos de comando desdobrados no terreno, o 1º Batalhão de Comunicações (1º B Com) proporcionou toda a infraestrutura de telemática, estabelecendo o Sistema Tático de Comunicações, que permitiu o comando e o controle das unidades subordinadas à 3ª DE durante as batalhas. Quando empregado nesse tipo de operação, o 1º B Com faz uso do Sistema de Comunicações por Satélite, permitindo uma maior cobertura do teatro de operações. Após a operação, foi realizada uma análise pós-ação no auditório do Centro de Adestramento-Sul, com os objetivos de apontar as oportunidades de melhoria e ajustar os procedimentos doutrinários.
O exercício contou com a participação da 6ª Brigada de Infantaria Blindada, das 1ª, 2ª e 3ª Brigadas de Cavalaria Mecanizada, além de militares da Força Aérea Brasileira atuando como elementos de ligação para agilizar os processos de pedido de apoio aéreo nas operações desenvolvidas. Ao término da operação, o Comandante da 3ª DE, General de Divisão Hertz Pires do Nascimento, se considerou satisfeito com os resultados obtidos e salientou a importância de se manter os estados-maiores em condições de planejar as ações durante as situações de combate, além da importância da medição dos resultados e da verificação da eficiência do treinamento.
A simulação construtiva adestra os estados-maiores das unidades, instigando a mentalidade reativa em uma situação de combate, além da solução de problemas militares simulados expedidos pela direção do exercício. O processo de tomada de decisão é treinado por meio de programas que simulam o combate como um todo. Os operadores inserem as decisões no sistema e informam aos comandantes os resultados das manobras, gerando um novo ciclo de tomada de decisões.
As informações são do Exército Brasileiro.
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