O Centro de Avaliações do Exército (CAEx) recebeu o Sistema Transportável de Rastreio de Engenhos em Voo (STREV) que é capaz de efetuar a busca de diversos tipos de munições, dotando o Exército Brasileiro com uma nova capacidade. O equipamento integra o programa estratégico do Exército ASTROS 2020 (PEE ASTROS 2020).
A fase de testes de aceitação em fábrica (TAF) foi concluída, em São Bernardo do Campo (SP), nas instalações da empresa OMNISYS Engenharia, cuja implantação, no CAEx, integra o projeto de instrumentação para campo de instrução (PICI) do programa estratégico do Exército.
O objetivo principal do sistema é apoiar a pesquisa, o desenvolvimento e a avaliação do míssil tático de cruzeiro MTC-300 e do foguete guiado SS-40G, projetos do PEE ASTROS 2020, e de outros projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) de engenhos em voo da Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS) e das Forças Armadas.
O rastreio de engenhos em voo é uma competência tecnológica estratégica dominada por poucos países. Devido à sua característica singular de ser transportável por meio de caminhões, o STREV poderá ser operado em diferentes locais acessíveis por rodovias, em todo o território nacional, o que viabiliza a realização dos ensaios em área geográfica mais adequada para a missão de rastreio e para o lançamento do engenho. Assim, o sistema nacional possui um diferencial em relação aos equipamentos existentes empregados no rastreio, podendo alçar o Brasil a um patamar de destaque no cenário internacional.
Radar
A Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) entregou para operação a nova Estação Radar de Porto Murtinho (MS), construído pela Omnisys. O trabalho dá continuidade ao processo de complementação da capacidade de vigilância aérea. O objetivo é aprimorar o controle dos tráfegos que voam na região de fronteira do Brasil com o Paraguai e a Bolívia. A operação teve início no dia 31 de março.
O sistema radar LP23SST-NG/RSM970S, parceria da Ciscea com a Omnisys, se destina à vigilância dos tráfegos aéreos (voo em rota), com o objetivo de facilitar o trabalho do Controlador de Tráfego Aéreo. Os radares aumentam a capacidade de vigilância aérea na Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA), por meio da detecção de aeronaves cooperativas e não-cooperativas, podendo alcançar um raio de 450 quilômetros, a 30 mil pés, o que corresponde a quase duas vezes a área do Estado do Mato Grosso do Sul. Esse sistema radar está preparado para operar 24 horas por dia, 365 dias por ano, podendo ser conectado aos Centros de Controle por meio de uma gama de meios de transmissão de dados, usando os protocolos de comunicação internacionalmente adotados.
O Gerente do Projeto na CISCEA, Engenheiro Paulo Roberto Magalhães, explica os desafios enfrentados durante a implantação do radar. “Em 12 meses concluímos as obras de infraestrutura, a instalação do radar, os testes de aceitação, a homologação e a integração do radar ao Centro de Controle de Área de Curitiba (ACC-CT). O resultado obtido foi possível graças ao apoio incondicional do Comando Militar do Oeste do Exército Brasileiro, tanto na cessão da área para a instalação do equipamento, quanto na celeridade dos processos necessários”, declarou.
O Chefe da Divisão Técnica da CISCEA, Tenente-Coronel Engenheiro Gustavo Erivan Bezerra Lima, destaca a evolução tecnológica dessa nova família de radares, além do fato de serem produzidos no Brasil. “A finalidade principal é compor a rede de radares que prestam o serviço de vigilância em prol do Controle do Espaço Aéreo, mas que também são dotados de funcionalidades militares, específicas dos radares utilizados pela Defesa Aérea. É importante destacar também a importância que a implantação desses radares proporciona, tanto no aspecto logístico quanto operacional, tendo em vista a existência de outras unidades similares em funcionamento no Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB)”, explica.
Benefícios operacionais
A entrada em serviço desses novos equipamentos visa potencializar a identificação de aeronaves voando a baixa altura na região de fronteira, trazendo benefícios operacionais, tanto para o controle civil de aeronaves, quanto para a defesa aérea, aumentando a capacidade de detecção de tráfegos não autorizados ou de emprego ilícito, colaborando, decisivamente, para o sucesso das ações de policiamento do espaço aéreo. Além de auxiliar no controle do espaço aéreo, a nova estação vai proporcionar a ampliação da vigilância aérea, com foco no centro-oeste brasileiro.
Vigilância aérea
Com a instalação dos radares de Corumbá, Porto Murtinho e Ponta Porã, o Brasil passará a contar com uma vigilância aérea que cobrirá toda a fronteira do Mato Grosso do Sul com os países vizinhos. “A implantação de mais um sensor com tecnologia no estado da arte faz parte do trabalho incessante da Força Aérea Brasileira (FAB) em aprimorar a sua capacidade de vigilância, controle e defesa do espaço aéreo, reforçando as ações para a manutenção da soberania e segurança nessa área”, declarou o Presidente da CISCEA, Major-Brigadeiro do Ar Sérgio Rodrigues Pereira Bastos Junior.
Radares
O equipamento de modelo LP23SST-NG faz parte de uma nova geração de radares primários de longo alcance. São equipados com a capacidade de altimetria, permitindo a identificação dos alvos com precisão, além de funções de proteção eletrônica que os resguardam contra interferências eletromagnéticas, sejam elas intencionais ou não.
A FAB, por meio da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), e a Omnisys assinaram, no final de 2018, um contrato para o fornecimento de três radares. As Estações Radar das localidades de Corumbá e Porto Murtinho já estão em operação e a próxima localidade a receber o equipamento é Ponta Porã, também no Mato Grosso do Sul.
Os radares são fabricados no Brasil pela empresa Omnisys, em São Bernardo do Campo (SP), o que permite rápido acesso a toda cadeia produtiva, agilizando os procedimentos de assistência técnica por parte do fabricante. O projeto prevê, ainda, a absorção do conhecimento técnico pelo Comando da Aeronáutica (COMAER), visando à realização das atividades de manutenção preventiva e corretiva, minimizando os custos de logística e mantendo um alto nível de disponibilidade dos equipamentos.
As informações são da Força Aérea Brasileira.
Confira todas as novidades das empresas da BIDS
Fique informado sobre as ações das nossas Forças Armadas e de segurança