A maior base brasileira de lançamento de foguetes completa 38 anos nesta segunda-feira (01). O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), a 22 km de São Luís, foi construído em área de 62.728,31 hectares, 35 vezes maior do que a primeira base brasileira, o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), em Natal.
O CLA foi criado para possibilitar a projeção de foguetes maiores para a coleta e processamento de dados aeroespaciais. A primeira operação, intitulada Operação Pioneira, ocorreu, em dezembro de 1989, com o lançamento de 15 foguetes. A mais recente, em 2020, batizada de Operação Falcão I, enviou Foguete de Treinamento Básico para exercício das equipes envolvidas. Para este ano, estão previstas quatro operações de lançamento, sendo dois Foguetes de Treinamento Básico e um de Treinamento Intermediário e o lançamento de um modelo VS-30 na Operação Igaratá.
O diretor do CLA, Coronel Aviador Marcello Correa De Souza, destaca a importância da base espacial para o desenvolvimento do país. “As atividades executadas no Centro de Lançamento de Alcântara têm impacto determinante para a ciência e para o incremento da área espacial, assim como para o crescimento sustentável das atividades econômicas da região, possibilitando também desenvolvimento social das populações residentes nas proximidades do CLA”, avalia.
Atualmente, cerca de 900 militares e civis atuam nas áreas de lançamento e em atividades de administração, logística, pessoal, saúde e segurança do Centro, entre outras.
O Centro de Lançamento de Alcântara integra o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) da Força Aérea Brasileira (FAB), subordinada ao Ministério da Defesa. O Assessor para Assuntos da Área Espacial do Ministério da Defesa, Coronel Aviador Luiz Cláudio Magalhães, ressalta a importância do CLA para os temas de defesa. “O CLA torna o processo aeroespacial de defesa do país possível. O lançamento de satélites permite, por exemplo, o monitoramento de fronteiras, tráfego de veículos, navios, aeronaves, além de fazer conexões de comunicação e dados em regiões remotas”, exemplifica o Assessor.
A posição geográfica do CLA, 250 km abaixo da linha do Equador, é estratégica pela redução do consumo de combustível em 30%. Além do benefício proporcionado pela proximidade da capital maranhense, baixa variação climática e ausência de terremotos, permitindo a implantação de vários pontos de lançamento. As informações são do Ministério da Defesa.
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