Na última quarta-feira (20), 12 militares do Esquadrão de Saúde de Fortaleza (ES-FZ), localizado na Base Aérea de Fortaleza, no Ceará, realizaram capacitação para o uso do capacete Elmo, uma nova tecnologia que objetiva auxiliar no tratamento dos pacientes em situação crítica, ou seja, com insuficiência respiratória causada pela COVID-19. Trata-se de um recurso desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC), da Escola de Saúde Pública (ESP) e da Universidade de Fortaleza (UNIFOR).
Participaram da capacitação Médicos, Enfermeiros e Fisioterapeutas da ES-FZ. De acordo com o Tenente Denilson de Queiroz Cerdeira, o treinamento visou a capacitação dos profissionais da área da saúde que atuam na linha de frente no tratamento da COVID-19. “O objetivo é compartilhar conhecimentos e benefícios do Elmo e, assim, minimizar todo o processo de internação, evitando o tubo, que é um procedimento invasivo”, explica.
Com o uso do capacete, cerca de 60% dos casos evitam o protocolo de tubo. Produzido em material reciclável, o Elmo auxilia na respiração. Associado a um fluxo de oxigênio e ar comprimido, o recurso é acoplado ao pescoço do paciente. “Todo o ar que fica dentro do capacete é reaproveitado, sem perda, diferentemente de outros recursos usados para tratar a insuficiência respiratória. O capacete é uma prática inovadora, porque ele fornece um fluxo maior de oxigênio, com pressão positiva nas vias aéreas, proporcionando a abertura dos alvéolos, que são responsáveis pelas trocas gasosas. Isto faz com que o paciente não precise ser entubado”, explica o Tenente Denilson.
De acordo com o Comandante do Esquadrão de Saúde de Fortaleza, Tenente-Coronel Médico Anderson da Costa Souza, o uso do mecanismo é originário de uma parceria entre o Esquadrão de Saúde de Fortaleza e a Escola de Saúde Pública do Ceará. “Visando a minimizar os efeitos da pandemia no âmbito militar, foi dado um importante passo, por meio do curso de capacitação do Elmo. É um recurso inovador, atualizado e imprescindível quando se trata da vida de pacientes com COVID-19”, finaliza. As informações são da Força Aérea Brasileira.