Baratear e agilizar a produção de álcool em gel. Esta meta, extremamente necessária em tempos de pandemia mundial, foi obtida por um grupo de pesquisadores brasileiros. Eles desenvolveram um espessante – insumo importado pelo Brasil para produzir o álcool em gel – a um custo menor e com a mesma qualidade.
Os pesquisadores atuam na QNQ Neo Indústria, situada do Ceará e uma das associadas da Abimde (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança). O espessante é um pó desidratado com alto poder de absorção de líquidos. Esta característica permite transformar um produto líquido em um gel viscoso, muito utilizado em indústrias do setor de cosmética.
A pesquisa foi submetida a análise da BioTIC S.A, responsável pela gestão do Parque Tecnológico de Brasília e que financia projetos tecnológicos de alto rendimento. A pesquisa de desenvolvimento do novo espessante foi aprovada pelos analistas da BioTIC. “O edital libera recursos financeiros para o PDI (Pesquisa Desenvolvimento e Inovação). Eles auxiliam na homologação e desenvolvimento da tecnologia”, afirmou o pesquisador e inventor Ismael Igor Fernandes Mendes, CEO da QNQ. O trabalho foi desenvolvido ao lado do Pesquisador Técnico Científico Luiz Flávio Luciano de Melo, co-inventor do projeto.
Agora, a companhia busca parceiros para a produção em larga escala do álcool em gel. Com o risco de uma segunda onda do Coronavírus em todo o mundo, ter a produção integralmente em território nacional será muito importante. “Com uma grande indústria, podemos escalonar a produção em nível nacional e até internacional”, completa Mendes.