Viatura lançadora do Míssil Antinavio Nacional (MANSUP) foi uma das sensações do evento na Fortaleza de São José
O Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) celebrou, na sexta-feira (7), 217 anos de história e de prontidão operativa, em evento realizado na Fortaleza de São José, no centro do Rio de Janeiro (RJ). A cerimônia, que atraiu autoridades civis e militares, brasileiras e estrangeiras, foi uma pequena demonstração das capacidades da Força Estratégica de Pronto Emprego da Marinha do Brasil (MB).
Durante o evento, foram apresentados novos equipamentos e armamentos, como o Míssil Antinavio Nacional (MANSUP), lançado de terra, e a viatura blindada JLTV, além dos já tradicionais Carros Lagarta Anfíbios (CLAnf) e as viaturas blindadas Piranha, entre outros. Também estavam presentes as primeiras mulheres combatentes Fuzileiros Navais, que entraram na MB em 2024 e já se encontram em várias organizações militares distribuídas pelo Brasil.

Além disso, houve a exibição da Banda Marcial do CFN e do coral de crianças do Programa Forças no Esporte (PROFESP), iniciativa que promove o desenvolvimento integral, a inclusão social, a cidadania e a qualidade de vida de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social em comunidades carentes do Rio de Janeiro. Na Marinha, cerca de 10 mil crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social participam do Programa.

Foi realizada a imposição da Medalha Naval de Serviços Distintos aos ex-Comandantes-Gerais do CFN, Almirantes de Esquadra Alexandre José Barreto de Mattos, Paulo Martino Zuccaro e Jorge Armando Nery Soares. A comenda premia civis e militares, brasileiros e estrangeiros, que prestaram à Marinha serviços meritórios, bem como distingue aqueles que, por suas qualidades ou valores, foram julgados capazes de merecê-la. Também houve a entrega da Medalha Mérito Anfíbio para militares da ativa da MB em reconhecimento àqueles que, em exercícios e operações, se distinguiram pela exemplar dedicação à sua profissão e ao interesse pelo aprimoramento de sua condição de combatente anfíbio.
Outro momento importante foi a entrega do Prêmio Fuzileiro Padrão do ano de 2024 para o Cabo (Fuzileiro Naval) Fabrício Matos Santana de Oliveira. O militar se destacou pelo alto padrão moral e profissional demonstrado ao longo da carreira.

Representando o passado e as tradições, os Veteranos Fuzileiros Navais estiveram presentes e se apresentaram com o Jeep Anfíbio (JeepAnf), construído em 1942, por ocasião da II Guerra Mundial, e empregado pelos Fuzileiros Navais durante a década de 1950.

O Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, destacou, em ordem do dia, que “um cenário geopolítico em constante evolução impõe a Nação dispor de tropa versátil, com capacidade de operar em condições adversas. O preparo constante, aliado ao elevado espírito de corpo assegura à Força Naval adestramento adequado para dissuadir ameaças no entorno estratégico e salvaguardar os interesses do Estado”. Missão que os Fuzileiros Navais cumprem com excelência por representarem na sua gênese uma tropa de pronto emprego, capacidade anfíbia e capacidade expedicionária.
Já o Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais, Almirante de Esquadra (FN) Carlos Chagas Vianna Braga, lembrou que os Fuzileiros Navais sempre estiveram e estão prontos e presentes, seja na paz ou na guerra, nos momentos mais importantes da história do País. “No último ano, estiveram presentes por todo o país, apoiando as ações do Estado: socorreram a população do Rio Grande do Sul, combateram os severos incêndios no Pantanal, atuaram no desabamento da ponte entre o Maranhão e o Tocantins e nas Operações de Garantia da Lei e da Ordem nos portos e nas águas do Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná, bem como no G-20”.
Celebração religiosa
Na noite do dia 7 de março, foi realizada uma Missa Campal, na Fortaleza de São José, conduzida pelo Arcebispo Militar do Brasil, Dom Marcony Vinícius Ferreira, pelo Abade do Mosteiro de São Bento, Dom Filipe da Silva, e pelo Capitão de Mar e Guerra Ubiratan de Oliveira Araújo, Capelão Chefe do Serviço de Assistência Religiosa da Marinha (SARM) e concelebrada por quinze padres. A missa contou com a presença de cerca de 600 militares e familiares.

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As informações são da Agência Marinha de Notícias.