Nesta segunda (14), o Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, participou da abertura da XVI Conferência dos Ministros da Defesa das Américas (CMDA), em Mendoza, na Argentina. Na ocasião, ele defendeu a necessidade da cooperação entre os países do hemisfério ocidental, nas áreas de defesa e segurança, para superar as dificuldades diante um “mundo globalizado, repleto de desafios de toda ordem, como conflitos regionais, condições climáticas adversas, atuação de organizações criminosa e ameaças à paz”.
A CMDA é um fórum multilateral, integrado e dirigido pelos ministérios de defesa do continente americano, que ocorre a cada dois anos, sendo considerada uma das mais relevantes reuniões no âmbito da defesa e segurança do hemisfério. Iniciada em 1995, a Conferência visa promover a cooperação internacional, por meio da análise, debate e intercâmbio de políticas de defesa e segurança.
Esta edição tem a participação de 22 titulares ou representantes da pasta de defesa ou segurança dos 35 países membros. E, como observadores, estão presentes dois países convidados, Portugal e França, além de 7 organizações internacionais especializadas em defesa.
O ministro José Mucio encerrou seu discurso manifestando confiança quanto aos resultados da XVI CMDA, que serão consolidados na Declaração de Mendoza. “O documento registrará as conclusões e recomendações dos debates, refletindo os interesses comuns e os compromissos de mantermos a região onde vivemos em segurança e estabilidade”, concluiu.
A expectativa é que a Declaração de Mendoza seja assinada pelos representantes dos países participantes, na quarta (16), durante o encerramento da Conferência. O documento assinala a agenda da XVII CMDA para o biênio 2025/2026, os temas que serão estudados nos próximos grupos de trabalho, as conclusões dos debates e o compromisso dos Estados membros no âmbito das Conferências.
Os eixos de trabalho da XVI CMDA incluem temas que foram objetos de estudo ao longo do biênio: ciberdefesa e ciberespaço; mulheres, paz e segurança; cooperação em assistência humanitária e socorro em casos de desastre. Serão apresentados, ainda, os seguintes temas: o desenvolvimento responsável, a aplicação e a governança da inteligência artificial no âmbito militar; e os desafios climáticos e ambientais da perspectiva da defesa.
A participação da delegação brasileira no evento atende aos objetivos nacionais de defesa previstos na Política Nacional de Defesa. Entre estes, destacam-se: contribuir para a estabilidade regional e para a manutenção da paz e da segurança internacionais; e intensificar a projeção do Brasil no concerto das nações e sua inserção em processos decisórios internacionais.
As informações são do Ministério da Defesa.