No evento, secretário do MCTI apresentou ações do plano que prevê R$ 23 bilhões de investimentos em quatro anos e vai nortear o desenvolvimento do setor no Brasil
O Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) 2024-2028, elaborado pelo Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT), teve destaque na programação do Startup Summit 2024, realizado entre 14 e 16 de agosto, em Florianópolis (SC). A iniciativa do governo federal, um marco histórico para o desenvolvimento tecnológico do Brasil, foi apresentada pelo secretário de Ciência e Tecnologia para a Transformação Digital do MCTI, Henrique Miguel.
“A IA traz uma nova oportunidade para todos nós. Esse é o ponto. Então, há necessidade de se despertar, formar, capacitar, requalificar, treinar pessoas como nunca se fez antes”, afirmou o secretário do MCTI. Para Henrique Miguel, o Brasil precisa estar preparado para acompanhar as transformações provocadas pela inteligência artificial e ampliar os investimentos nessa área.
O Plano Brasileiro de Inteligência Artificial tem como objetivo nortear o desenvolvimento e a aplicação ética e sustentável da IA no Brasil nos próximos quatro anos. O plano aborda diretrizes para pesquisa e desenvolvimento e a regulamentação de práticas que garantam a segurança e a privacidade dos cidadãos. O investimento previsto é de R$ 23 bilhões.
O secretário da SETAD defendeu que boa parte dos recursos deverá ser utilizada na formação em IA para milhões de pessoas no país. “Não estamos falando aqui em formar 5 mil, 10 mil, 20 mil doutores. Nós estamos falando realmente de treinar e requalificar milhões de pessoas, exatamente para suprir a nossa distância de outros países que estão em estágio mais avançado”, acrescentou.
O debate no Startup Summit, mediado por Eduardo Curado, gerente de Soluções do Sebrae Nacional, também contou com a participação do coordenador de Programas e Projetos para a Transformação Digital do MCTI, Everton Goursand, e do diretor nacional de tecnologia da Microsoft, Ronan Damasco.
O coordenador do MCTI destacou que o PBIA vai fomentar as infraestruturas do país tanto para o setor acadêmico quanto para o mercado. “Queremos que elas possam ser usadas também pelas empresas, pelas startups, fomentando grandes desafios”, ressaltou Everton Goursand.
Ações
O PBIA foi encomendado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT) em março deste ano. O plano apresenta 31 ações em diferentes áreas e com impacto a curto prazo, voltadas para resolver demandas urgentes na saúde, educação, meio ambiente, setor agrícola, indústria, comércio e serviços, desenvolvimento social e gestão do serviço público.
O plano buscará desenvolver soluções em IA que melhorem significativamente a qualidade de vida da população, otimizando a entrega de serviços públicos e promovendo a inclusão social. Para alcançar esses objetivos, o plano prevê a criação de um supercomputador de alta performance, essencial para o processamento de grandes volumes de dados e o desenvolvimento de algoritmos avançados de IA.
As informações são do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
