A 18ª edição da Navalshore, a maior feira e conferência da indústria marítima da América Latina, que está acontecendo no Centro de Convenções Expomag, no Rio de Janeiro, entra hoje em seu segundo dia correspondendo a expectativa dos 110 expositores e as mais de 400 marcas do Brasil e do exterior que estão presentes no evento, como armadores, estaleiros, fabricantes e fornecedores nacionais e internacionais. Uma frequência de muitos profissionais e empresários deste segmento. Na programação, palestras, workshops e painéis abrem espaço para debater a retomada do setor. Até quinta-feira (22), a expectativa é de que 13 mil visitantes passem pelo evento. Durante os três dias de congresso serão 49 palestrantes. Os painéis da conferência oficial reuniram as entidades mais representativas da indústria marítima, o setor empresarial e o poder público.
O principal destaque, até agora, foi o presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, que ressaltou a importância da retomada dos investimentos no setor e os resultados conquistados com essa iniciativa. “Para nós da Transpetro é essencial contribuir para os debates dessa área, ainda mais esse ano que retomamos os investimentos na aquisição de novas embarcações. Em julho, lançamos o TP25, nosso programa de renovação e ampliação da frota. É importante ressaltar que ampliar a própria frota gera mais valor e dá mais segurança operacional e retorno para os acionistas.”
O vice-presidente e presidente eleito da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Luiz Césio Caetano, destacou a retomada da indústria naval tanto no país como no Rio de janeiro e indicou o crescimento de 20% nos postos de trabalho nos últimos cinco anos. “Reaquecer a atividade de nossa indústria naval, usando como base o pico da atividade histórica, significaria a recuperação de pelo menos 14 mil empregos diretos. Adicionando 31 mil empregos de impacto indireto, seriam mais 45 mil novos postos de trabalho no Rio de Janeiro. Mais empregos, mais renda e mais postos. O Rio de Janeiro é o epicentro da indústria no país. “
O secretário nacional de Hidrovias e Navegação do Ministério de Portos e Aeroportos, as políticas públicas precisam estar alinhadas com a realidade para proporcionar incentivos fiscais que fomentem a indústria naval. “As obras representam a continuidade do crescimento de empregos qualificados e o desenvolvimento tecnológico, tanto de estaleiros como da indústria.” Outro destaque na programação acontece nos dois primeiros dias da Navalshore, quando fornecedores ganham a oportunidade de apresentarem seus produtos e serviços a quatro empresas-âncora em entrevistas pessoais. São elas, a Transpetro, o Estaleiro Enseada, Estaleiro São Miguel e Estaleiro Dock Brasil.