Para Márcio Elias Rosa, Brasil e Chile têm vantagens competitivas que podem impulsionar o desenvolvimento da região
A uma plateia formada por mais de 300 empresários brasileiros e chinelos, nesta segunda-feira (5/8), em Santiago do Chile, o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Elias Rosa, destacou a prioridade do governo brasileiro para a integração regional, fortalecendo o caminho do desenvolvimento da América do Sul.
“O presidente Lula definiu como absoluta prioridade para esse seu mandato a concepção de uma política contínua de integração na América do Sul. E, de fato, Chile e Brasil possuem grandes vantagens competitivas para o mundo”, ressaltou o secretário.
Na agenda, Brasil e Chile assinaram declaração conjunta atestando a conclusão das negociações técnicas de um acordo comercial para facilitar a venda de cosméticos entre os dois países, reduzindo burocracia, prazos e custos para exportadores e importadores deste setor.
“Isso é bom para o consumidor e muito bom para a indústria”, celebrou Elias Rosa. “Nós estamos agora trabalhando, a pedido do presidente Lula e do vice-presidente Alckmin, para, de fato, ter um acordo de complementariedade econômica, um acordo que leve à verticalização da indústria, um acordo que nos aproxime na produção. E nós podemos fazer isso”, afirmou.
Sustentabilidade
No discurso, o secretário apontou a sustentabilidade social, econômica e ecológica como vantagens competitivas do Brasil e Chile, mas ponderou que é necessário avançar na escala tecnológica, agregando valor à produção e atraindo investimento, assim como realizado em países asiáticos.
“Chile e Brasil oferecem ao mundo uma capacidade inigualável para atrair investimentos na transição ecológica, que é o que o mundo exige, que a emergência climática exige. Nós também oferecemos riqueza natural invejável, que a segurança alimentar exige, a agroindústria”, disse.
A descarbonização, para ele, abre uma janela de oportunidade com a indústria regional. “Os tempos atuais também mostram que é possível investirmos na bioeconomia, na descarbonização. O governo do presidente Lula sancionou uma lei que estabelece o marco regulatório para a produção do hidrogênio verde no Brasil, Produção, armazenamento, comércio do hidrogênio verde”.
O secretário destacou ainda a Estratégia Nacional de Economia Circular como exemplo de iniciativas que podem colocar a América do Sul em destaque no cenário global, e falou sobre o potencial de atração de investimentos no Brasil a partir da Nova Indústria Brasil, salientando que a parceria com o Chile pode ser benéfica para os dois lados.
“O Brasil precisa dos investimentos que o Chile realiza, e o Brasil se oferece, com seu empresariado de altíssimo nível, também para realizar investimentos. A Nova Indústria Brasil passa necessariamente pela nossa proximidade, pela nossa integração”, concluiu.
As informações são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.