O Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM) apresentou na última quarta-feira, dia 24 de julho, a mais nova aquisição da instituição: o sistema de aeronave remotamente pilotada (SARP) Nauru 500C, destinada para o monitoramento da faixa de fronteira no Estado de Rondônia.
O Nauru 500C emprega as tecnologias mais completas para missões de segurança e monitoramento. Além de apresentar versatilidade e resistência a ventos fortes, é um equipamento de grande facilidade de operação devido às decolagens e pousos verticais. A aeronave possui autonomia de quatro horas de voo em sua versão híbrida (combustível + bateria), garantindo a operação mesmo em lugares de difícil acesso, seja em situações de risco ambiental ou operações críticas de segurança pública, como o combate ao contrabando, tráfico de drogas e outras atividades ilícitas que frequentemente ocorrem nas fronteiras.A primeira atuação ocorreu no âmbito da Operação Catrimani II, que tem como objetivo de aumentar a eficácia das ações de combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY).
Transladado para Boa Vista (RR) por aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), o SARP seguiu na última sexta-feira, por meio de um helicóptero H-36 Caracal, também da FAB, para o interior da TIY com o propósito de monitorar áreas de interesse e coletar informações estratégicas. Este sistema já provou ser uma ferramenta eficaz em missões militares e em situações emergenciais. Seu emprego garante um alto nível de operacionalidade aos órgãos de segurança e tropas das Forças Armadas envolvidos nas ações em Roraima. O sistema tem ampliado consideravelmente os resultados das ações contra o garimpo ilegal.
Para o manuseio do SARP, o CENSIPAM enviou uma equipe de quatro especialistas e emprega na região antenas de comunicação em solo, notebook de controle aéreo, baterias e combustível de aviação extras e ferramentas para manutenção. Devido às suas características de voo e de sensores, é um instrumento que exige do profissional um treinamento especializado, não podendo ser operado por quem não possua certificação.
“Como o CENSIPAM tem a missão de trabalhar na parte de sistema de proteção da Amazônia, nós apoiamos diversos órgãos civis, além dos militares, como o ICMBio, IBAMA, Polícia Federal e as Forças Armadas. […] é um instrumento que permitirá tanto o mapeamento, quanto a vigilância e o monitoramento do local”, frisou o capitão Bruno Tunes, do CENSIPAM.
NAS FORÇAS ARMADAS
Projetados para missões táticas de vigilância, segurança e monitoramento de fronteiras, os SARP, ou drones, como são comumente chamados, estão revolucionando as operações militares em todo mundo. As Forças Armadas brasileiras vêm ampliando sua capacidade empregando-os em diversos ambientes e atividades.
Atualmente, a Marinha do Brasil (MB) e o Exército Brasileiro (EB) desenvolvem o Nauru juntamente com a empresa nacional XMobots. Essa parceria busca fabricar um SARP com tecnologia 100% autócne impulsionando assim a Base Industrial de Defesa e Segurança, a BIDS, do País.
Em maio, após nove meses de treinamento, 21 militares do EB concluíram o curso do SARP Nauru 1000C e o sistema foi entregue ao Exército em uma cerimônia no hangar do 2º BaAvEx, em Taubaté (SP). É a primeira vez na história da aviação brasileira que o Exército integra em sua frota um SARP nacional.
As informações são do Revista Tecnologia & Defesa.