Na manhã desta sexta-feira (21), a Ilha da Marambaia foi palco de um momento marcante para os 768 alunos do Curso de Formação de Soldados Fuzileiros Navais (C-FSD-FN). A Marinha do Brasil realizou uma cerimônia para a entrega de distintivos aos alunos da Turma I/2024, que entrou para a história ao incluir, pela primeira vez, mulheres entre os Aprendizes-Fuzileiros. A entrega dos distintivos, que serão agora ostentados nos uniformes camuflados, marca a última etapa antes da formatura, que ocorrerá no dia 5 de julho.
De 17 a 21 de junho, os alunos participaram de um intenso treinamento na Ilha, conduzido pelo Centro de Instrução Almirante Milcíades Portela Alves (CIAMPA), em conjunto com o Centro de Instrução e Adestramento de Brasília Almirante Domingos de Mattos Cortez (CIAB).
O período final de preparação abrangeu uma série de atividades desafiadoras, dentre as quais, destacam-se salto de plataforma e travessia no mar, assalto anfíbio com Carros Lagarta Anfíbios (CLAnf), patrulhas noturna e diurna, marcha para o combate, ataques coordenados, tiro de combate, defesa pessoal, treinamento funcional de combate, operações militares em ambiente urbano, orientação e navegação terrestre, além de uma pista de reação. O treinamento intenso visou preparar os futuros combatentes anfíbios para os desafios que enfrentarão em suas carreiras.
O Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais, Almirante de Esquadra (Fuzileiro Naval) Carlos Chagas, destacou a importância deste marco para a Marinha do Brasil e aconselhou os Aprendizes-Fuzileiros. “Vocês sabem o suor que foi para chegarem aqui nesse momento. Hoje é o dia de celebrarmos essa conquista que é o distintivo de Fuzileiro Naval, única tropa exclusivamente profissional do nosso Brasil. Orgulho da nossa Marinha. Com um destaque especial a essa companhia, que é a primeira companhia com mulheres Fuzileiros Navais que formamos no nosso Centro de Instrução”, declarou.
Uma das 113 futuras Fuzileiras Navais, que conquistou o primeiro lugar no concurso, Ana Paula Silva Flor, compartilhou sua emoção ao receber o distintivo. “É indescritível a sensação que estou sentindo. A verdade é que deixar a minha cidade, há quatro meses, para vir para cá, e deixar a minha família para seguir esse sonho foi uma grande luta. E graças a Deus deu tudo certo. Eu sei que eu não teria chegado até aqui se não fosse Deus, em primeiro lugar, e o apoio de cada instrutor e ajuda de cada campanha com o nosso espírito de corpo e a nossa união”, contou.
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As informações são da Agência Marinha de Notícias.