O Ministério da Defesa participou do Exercício Locked Shields 2024, um evento voltado para a área de defesa cibernética. Essa atividade foi promovida pelo Centro de Excelência Cooperativo em Defesa Cibernética da OTAN (CCDCOE, sigla em inglês) e contou com a presença de mais de 30 países, incluindo membros da OTAN e convidados, como é o caso do Brasil. O objetivo foi treinar os diversos níveis de reações colaborativas diante de ataques simulados no espaço cibernético. O Comando de Defesa Cibernética (ComDCiber), em Brasília (DF), sediou a fase estratégica da atividade, nos dias 22 a 24 de abril.
As simulações abordaram desafios atuais em termos de segurança digital, com foco nas políticas e estratégias nacionais de defesa cibernética, bem como na regulamentação e nas comunicações estratégicas dos países participantes.
O exercício foi dividido em atividades técnicas e gerenciais (nível estratégico). O Brasil formou equipe com a Espanha, Portugal e Chile. Cerca de 30 militares e civis formaram um grupo multidisciplinar, composto por integrantes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), do Ministério da Saúde, da Agência Nacional de Águas (ANA), da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), além do MD. Juntos, eles apresentaram soluções aos problemas sugeridos pela organização do exercício que fica em Tallinn, na Estônia.
De acordo com o Chefe da Divisão de Cooperação do Centro de Coordenação de Operações Cibernéticas do ComdCiber, Coronel Luciano Martins Menna, os órgãos participaram conforme a natureza dos problemas enfrentados nas ações cibernéticas. “Os problemas propostos expuseram os decisores as situações de crise advindas de ações cibernéticas, todas compatíveis com o que há de mais atual no mundo. Foram empregadas as expertises de cada ente envolvido de forma que o conjunto representasse como cada país responderia às situações-problema apresentadas”, explicou.
O cenário do exercício envolveu dois países fictícios em conflito, onde as ações cibernéticas desempenharam um papel crucial. Durante o exercício, a equipe utilizou uma ferramenta desenvolvida por uma empresa estoniana para registrar possíveis soluções para os problemas apresentados. Essas situações simuladas foram inspiradas em eventos reais tornados públicos.
O Exercício Locked Shields 2024 proporcionou uma oportunidade para aprimorar a capacidade de defesa cibernética e colaboração internacional, preparando os participantes para enfrentar os desafios do mundo digital em constante evolução.
Por Jussara Santos
As informações são do Ministério da Defesa.