O objetivo do evento é aprimorar os conhecimentos dos militares diante dos avanços da tecnologia além de trocar experiências com militares americanos
A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER) e da Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI), realizou, entre os dias 15 e 19/04, o Intercâmbio de Especialista em Assuntos Específicos (SMEE) sobre Defesa e Segurança Cibernética juntamente com a Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), representada pela 12ª Força Aérea (AFSOUTH) e pela Guarda Aérea Nacional de Nova Iorque (NYANG).
O evento aconteceu em Brasília (DF) e contou com representantes do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), do EMAER, do DTI, do Centro de Computação da Aeronáutica de Brasília (CCA-BR) e do Núcleo do Centro de Defesa Cibernética da Aeronáutica (NuCDCAER), além do Comando de Defesa Cibernética (ComDCiber) e do Centro de Defesa Cibernética (CDCiber). O público-alvo foram militares que atuam na área cibernética.
O intercâmbio visou debater tópicos como a participação brasileira em exercícios de Defesa Cibernética; aumentar as capacidades; desenvolver a força de trabalho, e ainda fortalecer a parceria de defesa cibernética entre a USAF, NYANG, FAB e ComDCiber
Além dos palestrantes da FAB, porta-vozes da USAF também ministraram assuntos tecnológicos, entre eles: Defesa em profundidade; Defesa de Rede; Ameaça cibernética Intel; Desenvolvimento da força de trabalho cibernética; Estrutura e Organização de Defesa Cibernética na USAF; atividades cibernéticas durante operações de treinamento; Segurança Cibernética (Gerenciamento de Riscos), entre outros temas.
O Coordenador do evento, Coronel Aviador Fernando Rodrigues de Sá, explicou a importância de investir na capacitação de pessoal, especialmente em conjunto com a USAF. “Em 2024 está prevista a ativação do CDCAER e a realização do primeiro exercício de Defesa Cibernética durante a Cruzex [Cruzeiro do Sul Exercise], portanto, a troca de conhecimentos e experiências com a USAF é fundamental para o cumprimento de nossa missão”, disse.
O Chefe do Núcleo do Centro de Defesa Cibernética da Aeronáutica, Tenente-Coronel Aviador Tiago Josué Diedrich, destacou a significativa contribuição que os Estados Unidos podem oferecer ao Brasil na esfera da defesa cibernética. “Observou-se que os EUA, sendo um dos países mais frequentemente visados por ataques cibernéticos, dispõem de metodologias e processos altamente elaborados e estabelecidos, que são implementados em operações contínuas e em tempo real. A natureza incessante da cibernética exige uma capacidade constante de resposta e adaptação. Os Estados Unidos já desenvolveram e aperfeiçoaram competências neste domínio, que ainda estão em fase de desenvolvimento no Brasil. Além disso, eles exploraram e refinaram estratégias para a mobilização eficaz da força cibernética em contextos operacionais. Portanto, o principal objetivo na interação com os EUA é a assimilação e integração dessas capacidades avançadas em práticas nacionais”, explicou.
Para um dos representantes da USAF no evento, Capitão Zachery Butler, esta foi uma oportunidade para estreitar os laços entre os dois países. “Estamos extremamente gratos pela hospitalidade de nossos anfitriões brasileiros. Pretendemos aumentar as nossas relações e cooperação no Domínio do Ciberespaço, aprendendo uns com os outros à medida que ambas as nossas Forças Aéreas crescem. Foi um imenso prazer aprender com nossos colegas da FAB e discutir com eles esses importantes temas da defesa cibernética. Esperamos por mais compromissos e oportunidades de trabalharmos juntos no futuro”, expressou.
CDCAER
A ativação do Centro de Defesa Cibernética da Aeronáutica (CDCAER), prevista para junho deste ano, tem por finalidade planejar, executar, controlar e supervisionar as atividades relacionadas à Proteção, Exploração e Ataque Cibernético, no âmbito do Comando da Aeronáutica (COMAER).
A ideia do CDCAER é que a Força Aérea Brasileira acompanhe a evolução tecnológica e a velocidade com que as informações se propagam pela rede. E a partir de um amplo estudo feito pelo Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), a estrutura da área cibernética vem sendo implantada em fases até chegar à ativação efetiva, consolidada e dedicada a prover toda coordenação, supervisão, gestão e, por fim, fazer a governança de tudo o que é Defesa Cibernética em toda a estrutura do COMAER.
As informações são da Força Aérea Brasileira.