Guerra no leste europeu completou dois anos em fevereiro, sem qualquer perspectiva de um acordo de paz. Na CREDN, embaixador ucraniano reiterou pedido para que o Brasil participe dos esforços pelo restabelecimento da paz entre Rússia e Ucrânia.
A Ucrânia conta com os bons ofícios por parte da diplomacia brasileira, para fortalecer as iniciativas em torno de um processo de paz com a Rússia. Foi o que afirmou, nesta terça-feira, 12, o Embaixador Melnyk Andrii, em reunião com o deputado Lucas Redecker (PSDB-RS), presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados.
Na oportunidade, Andrii convidou os membros da CREDN para que visitem Kiev e retomem o diálogo político com o país. Segundo ele, “o Brasil tem um soft power reconhecido internacionalmente e poderia contribuir muito com este processo se decidisse agir objetivamente”. Melnyk Andrii também afirmou que “a paz é possível, mas não a qualquer preço”.
Ele lamentou que, em dois anos de guerra, nenhuma autoridade política do governo tenha visitado a Ucrânia. O diplomata assegurou que a neutralidade brasileira tem o respeito do seu país, mas cobrou ações objetivas. “Há muitas declarações e gestos, mas nenhum engajamento concreto”, observou.
De acordo com Lucas Redecker, “o impacto negativo desta guerra, afeta todo mundo. Além da tragédia humanitária, as cadeias de suprimentos têm sido fortemente afetadas, o que encarece os produtos e alimenta outras crises indiretamente, em todas as regiões”, destacou.
Na sua avaliação, “o Brasil deve ir além das declarações formais. Um país que almeja um lugar na mesa das grandes decisões globais, não pode ser indiferente aos apelos da comunidade internacional para que seja restabelecida a soberania ucraniana sobre o seu território e firmado o fim das hostilidades”, explicou.
As informações são da Assessoria de Imprensa da CREDN.