O Exercício contou com a participação de militares do Centro de Operações Espaciais do Comando de Operações Aeroespaciais
No período de 05 a 16/02, ocorreu o Global Sentinel 2024, na Vandenberg Space Force Base, localizada em Lompoc, na Califórnia, uma das Bases da recém-criada Força Espacial dos Estados Unidos. O Exercício contou com a participação de militares do Centro de Operações Espaciais (COPE) do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE).
Organizado pelo Comando Espacial dos Estados Unidos da América (USSPACECOM), a atividade teve como principal objetivo promover a colaboração entre as nações na área de Consciência Situacional Espacial, (SSA, do inglês Space Situational Awareness).
Nesta edição, participaram 25 países: Alemanha, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, Colômbia, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Holanda, Inglaterra, Israel, Itália, Japão, Nova Zelândia, Noruega, Peru, Polônia, Portugal, Romênia, Suécia, Tailândia e Ucrânia.
Os objetos em órbita ao redor da terra podem ser naturais ou artificiais. Eles são monitorados por uma variedade de sensores, incluindo telescópios, radares, lasers e Rádio Frequência passivo. Dado que o número de sensores disponíveis para rastrear esses objetos é limitado, a cooperação entre os países para a troca de informações é fundamental para aumentar a Consciência Situacional Espacial global.
Assim, o principal resultado do Exercício é o aprimoramento dos TTPs (Táticas, Técnicas e Procedimentos) de cada país, bem como o desenvolvimento de protocolos de comando e controle para facilitar a troca de informações sobre dados orbitais entre os países participantes.
Além disso, o exercício incluiu simulações de observação de objetos espaciais, gerenciamento de dados e coordenação de prioridades em colaboração com outras nações.
O Tenente-Coronel Aviador Rafael de Almeida Duque foi o Chefe do Centro de Operações Espaciais do Brasil (BRA SpOC) durante o exercício. “Nenhum país pode monitorar todos os satélites do mundo simultaneamente. Esta parceria nos permite determinar órbitas de objetos espaciais, contribuir para a redução das possibilidades de colisões no espaço em escala global, defender os sistemas espaciais e evoluir com nossos parceiros para enfrentar os novos desafios que esta área estratégica nos apresenta”, afirmou.
Assim, o Brasil se destaca como parte de uma comunidade internacional preocupada em manter uma Consciência Situacional do Domínio Espacial para proteger a integridade de seus ativos espaciais.
Fotos: COMAE
As informações são da Força Aérea Brasileira.