Conheça as políticas do ministério voltadas para o grafeno e materiais avançados
Na quarta-feira (24), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, por intermédio da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (SETEC) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), realizaram reunião virtual com os coordenadores dos projetos aprovados na Chamada do Programa MCTI de Inovação em Grafeno, o InovaGrafeno. O evento teve como objetivo principal discutir com os 34 coordenadores formas de fomentar a aproximação entre os projetos, explorar suas sinergias, estimular a racionalização dos recursos humanos e de infraestrutura e planejar atividades futuras, tal como um evento presencial em uma das instituições contempladas.
Representaram a SETEC, o diretor de Programas de Inovação, Osório Coelho, e o coordenador-geral de Tecnologias Habilitadoras, Felipe Silva Bellucci. Na visão dos representantes da SETEC, o evento foi uma excelente oportunidade de aproximação entre a comunidade científica e o Ministério, de divulgação das Políticas Públicas do MCTI para Nanotecnologia, Materiais Avançados e Grafeno e de buscas por mecanismos de aceleração dos resultados projetados pelos 34 projetos.
Confira informações sobre as políticas Públicas do MCTI em Materiais Avançados e Grafeno:
Política de Ciência, Tecnologia e Inovação de Materiais Avançados: O instrumento legal, Decreto nº 10.746, de 9 de julho de 2021, tem por objetivo nortear o aprimoramento de estratégias, processos, instrumentos e práticas do ecossistema brasileiro de desenvolvimento tecnológico, empreendedorismo e inovação em Materiais Avançados, de tal modo que as ações correlatas no âmbito da CT&I ajudem na superação de desafios e a realização das infindáveis oportunidades na área, nos domínios das políticas públicas de desenvolvimento econômico, social e ambiental.
Programa de Inovação em Grafeno (InovaGrafeno-MCTI): objetiva criar, integrar e fortalecer as ações governamentais no tema do Grafeno e dos materiais 2D à base de carbono, promovendo a inovação na indústria brasileira para assegurar a autonomia tecnológica nacional em setores de alta tecnologia e valor agregado. Resumidamente, os objetivos específicos do Programa InovaGrafeno-MCTI, contemplam: (i) Gerar riqueza, empregos e promover o desenvolvimento nacional; (ii) Mobilizar, articular e fomentar atores nacionais públicos e privados para atuarem coordenadamente no desenvolvimento de processos, de produtos, de instrumentação, de normatização, de certificação e de inovações na área; (iii) Garantir a universalização do acesso à infraestrutura científica e tecnológica avançada na área de Grafeno e materiais 2D à base de carbono, para estimular a comunidade científica; e (iv) Promover e estimular a atração, formação, capacitação, mobilidade e a fixação de capital humano apto a atuar no desenvolvimento tecnológico, no empreendedorismo e na inovação, envolvendo grafeno e materiais 2D à base de carbono.
Chamada Pública CNPq/MCTI/FNDCT nº 22/2022- Programa de MCTI de Inovação em Grafeno: Em agosto de 2022, o MCTI, lançou, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Chamada Pública vinculada ao Programa InovaGrafeno-MCTI, no valor global de R$ 20 milhões, para apoiar a realização de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) e a implementação de iniciativas de aplicação na sociedade de soluções tecnológicas e empresariais usando o Grafeno e materiais 2D à base de carbono nas fronteiras da física, química, ciências da saúde e engenharias que visem contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico, a inovação e o empreendedorismo no País.
As propostas estão vinculadas a uma das 3 linhas elegíveis: (i) Linha 1 – projetos de pesquisa básica e aplicada, com nível de maturidade tecnológica (TRL) entre 1 e 3, realizados por Instituições de Ciência e Tecnologia (ICT); (ii) Linha 2 – projetos de desenvolvimento tecnológico, com TRL entre 4 e 7, realizados por ICT obrigatoriamente em conjunto com empresas de qualquer porte com, no mínimo, 5 anos de constituição; (iii) Linha 3 – geração de Startups em DeepTech – projetos de criação de empresas nascentes de base tecnológica (startups), tal como previsto no Marco Legal das Startups (Lei Complementar nº 182, de 1º de junho de 2021), incluindo Ideação, Modelo de Negócio, Produto Mínimo Viável (MVP) e Provas de Conceito (Proof of Concept – POC).
No total, foram aprovados 34 projetos: vinte e dois (22) na Linha 1, seis (6) na Linha 2 e seis (6) na linha 3. Saiba mais sobre a Chamada Pública no link.
Conheça os projetos aprovados na Chamada Pública do InovaGrafeno-MCTI:
Linha 1: Projetos de pesquisa básica e aplicada, com nível de maturidade tecnológica (TRL) entre 1 e 3, realizados por Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs).
1. Desenvolvimento de biotinta GelMA/oxido de grafeno funcionalizado com resveratrol para engenharia de tecidos cardíacos e triagem de fármacos. Coordenadora: Patrícia Severino, Instituto de Tecnologia e Pesquisa – ITP, Universidade Tiradentes – UNIT. Aracaju-SE.
2. Desenvolvimento de filtros altamente porosos e fotoativos baseados em nanofolhas de oxido de grafeno e Nb2O5 para a descontaminação de água. Coordenador: Carlos Alberto Achete. Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – INMETRO. Xerém-RJ.
3. Desenvolvimento de biossensores enzimáticos a base de carbono para diagnóstico de Câncer de Próstata. Coordenador: Paulo Cesar Mendes Villis. Universidade Ceuma – UniCEUMA. São Luiz-MA.
4. Dispositivos energy harvesters baseados em grafeno e sua família. Coordenador: Fernando Machado Machado. Universidade Federal de Pelotas-UFPEL. Pelotas-RS.
5. Desenvolvimento de compósitos contendo grafeno na foto-oxidação de derivados de biomassa e corantes. Coordenador: Alexandre Barros Gaspar. Instituto Nacional de Tecnologia – INT. Rio de Janeiro-RJ.
6. Processo de microfluidização para esfoliação de grafenos, desenvolvimento de materiais compósitos de alto desempenho e fabricação de novos dispositivos baseados nestes materiais. Coordenador: Stanislav Moshkalev. Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Campinas-SP.
7. Óxido de grafeno reduzido como sistemas veiculadores de fármacos para o tratamento de câncer de pele e da leishmaniasis cutânea. Coordenadora: Célia Machado Ronconi. Universidade Federal Fluminense-UFF. Niterói-RJ.
8. Nanocompósitos à base de oxido de grafeno funcionalizado com oligo-quitosanas, obtidas via radiação ionizante para o melhoramento das propriedades mecânicas de tecidos tendionosos. Coordenadora: Solange Kazumi Sakata. Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares-IPEN. São Paulo-SP.
9. Desenvolvimento de filamentos condutores à base de grafeno para produção de sensores empregando a tecnologia de impressão 3D. Coordenador: Eduardo Mathias Richter. Universidade Federal de Uberlândia-UFU. Uberlândia-MG.
10. Produção de grafeno in situ para desenvolvimento de biossensores enzimáticos em biopolímeros para monitoramento da saúde. Coordenador: Emanuel Carrilho. Universidade de São Paulo-USP. São Carlos-SP.
11. Desenvolvimento de novos dispositivos de Li-S empregando membranas funcionais baseadas em aerogéis e buckypapers de grafeno. Coordenador: Rodrigo Lassarote Lavall. Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte-MG.
12. Uso avançado do grafeno e seus derivados em terapia molecular, radioterapia molecular e teranóstico em sistemas complexos de inflamação e câncer. Coordenador: Ralph Santos-Oliveira. Comissão Nacional de Energia Nuclear-CNEN, Universidade do Estado do Rio de Janeiro-UERJ. Rio de Janeiro-RJ.
13. Desenvolvimento de catalisadores de grafeno e paládio para ativação de novos quimioterápicos para o tratamento do câncer de próstata. Coordenador: Josiel Barbosa Domingos. Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC. Florianópolis-SC.
14. Desenvolvimento de sensores eletroquímicos a base de grafeno, líquidos iônicos e nanopartículas para detecção de contaminantes ambientais. Coordenadora: Silvana Mattedi e Silva. Universidade Federal da Bahia-UFBA. Salvador-BA.
15. Desenvolvimento de sistema automatizado de medida de dispositivos à base de grafeno por espectroscopia Raman melhorada por sonda. Coordenador: Luiz Gustavo de Oliveira Lopes Cançado. Universidade Federal de Minas Gerais-UFMG. Belo Horizonte-MG.
16. Curativo avançado para liberação controlada de ativos acoplado a sensor elétrico-eletroquímico à base de grafeno para monitoramento da cicatrização de feridas em tempo real. Coordenador: Aryel Heitor. Instituto Mackenzie de Pesquisa em Grafeno e Nanotecnologias-MackGraphe. São Paulo-SP.
17. Derivados de grafeno obtidos de forma sustentável para aplicação no preparo de sementes e na nutrição do solo. Coordenador: Bráulio Silva Barros. Universidade Federal de Pernambuco-UFPE. Recife-PE.
18. Aplicações de grafeno no desenvolvimento de materiais absorvedores na faixa de micro-ondas para aplicações em áreas de telecomunicação. Coordenadora: Bluma Guenther Soares. Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ. Rio de Janeiro-RJ.
19. Produção de hidrogênio verde utilizando fotocatalisadores à base de carbono e grafeno induzido a laser. Coordenadora: Giovanna Machado. Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste-CETENE. Recife-PE.
20. Desenvolvimento de uma membrana de celulose bacteriana, óxido de grafeno e pentóxido de nióbio para cicatrização de pele. Coordenador: Rafael Guerra Lund. Universidade Federal de Pelotas-UFPEL. Pelotas-RS.
21. Desenvolvimento de nanocompósitos poliméricos a base de grafeno e nanotubos de carbono por impressão 3D para aplicações contra interferência eletromagnética. Coordenadora: Edcleide Maria Araújo. Universidade Federal de Campina Grande-UFCG. Campina Grande-PB.
22. Blindagem eletromagnética de compósitos poliméricos baseados em nanoestruturas de grafeno – PolymGraph_EMI. Coordenadora: Fabiana Fim. Universidade Federal da Paraíba-UFPB. João Pessoa-PB.
LINHA 2: Projetos de desenvolvimento tecnológico, com nível de maturidade tecnológica (TRL) entre 4 e 7, realizados por ICTs obrigatoriamente em conjunto com empresas de qualquer porte com, no mínimo, 5 anos de constituição.
1. Desenvolvimento de baterias de compósito lítio-grafeno-nióbio. Coordenadora: Annelise Kopp Alves. Universidade Federal do Rio Grande do Sul-UFRGS. Porto Alegre-RS.
2. Phase-shifter controlado por grafeno para arranjos de antenas 5G. Coordenadora: Candice Müller. Universidade Federal de Santa Maria-UFSM. Santa Maria-RS.
3. Biossensores eletroquímicos portáteis de nanomateriais funcionalizados com derivados de grafeno para aplicações biomédicas. Coordenadora: Ana Melva Champi Farfán. Universidade Federal do ABC-UFABC. Santo André-SP.
4. Sistema de detecção multiplex para agrotóxicos baseado em substratos de óxido de grafeno e nanopartículas de ouro. Coordenador: Jairo Pinto de Oliveira. Universidade Federal do Espírito Santos-UFES. Vitória-ES.
5. Desenvolvimento de material de referência de oxido de grafeno para certificação de produtos industriais. Coordenadora: Joyce Rodrigues. Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia-INMETRO. Xerém-RJ.
6. Aplicação de biossensor à base de grafeno para desenvolvimento de multiplataforma de detecção e monitoramento de câncer. Coordenador: Cristiano Ceron Jayme. Universidade de São Paulo-USP. Ribeirão Preto-SP.
LINHA 3 – Geração de Startups em DeepTech: Projetos de criação de empresas nascentes de base tecnológica (startups), conforme o Marco Legal das Startups (Lei Complementar nº 182, de 1º de junho de 2021), incluindo Ideação, Modelo de Negócio, Produto Mínimo Viável (MVP) e Provas de Conceito (Proof of Concept – POC).
1. GRAFDERM – curativos tecnologicamente avançados à base de biocelulose e nanopartículas de grafeno modificado – ensaio clínico e viabilidade técnico-econômica (Fase III). Coordenador: Rodrigo Silveira Vieira. BIOMTEC Tecnologias em Biomateriais Ltda. Universidade Federal do Ceará. Fortaleza-CE.
2. Desenvolvimento de revestimento biodegradável protetor com características antivirais, antimicrobianas e anti-chamas à base de óxido de grafeno aplicados a embalagens, filtros e EPI´s em substituição aos derivados do petróleo. Coordenador: Luiz Carlos de Lima. Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ. Rio de Janeiro-RJ.
3. Obtenção e caracterização de sensores de gases baseados em heteroestruturas de van der Waals do tipo grafeno/moléculas orgânicas. Coordenador: Dunieskys Roberto González Larrudé. AutoScience Technologies. Instituto Mackenzie de Pesquisas Avançadas em Grafeno e Nanotecnologias-MackGrafe. São Paulo-SP.
4. Sistema digital de controle de qualidade de grafeno em escala industrial. Coordenador: Cassiano Rabelo e Silva. Fábrica de Nanossoluções-FabNS. Belo Horizonte-MG.
5. Kit diagnóstico para câncer de pulmão empregando anticorpos ancorados em quantum dots de grafeno. Coordenador: Marcel Guimarães Martins. MAGTech Brasil Soluções em Nanopartículas Magnéticas Ltda. Rio de Janeiro-RJ.
6. Sensor de grafeno para agricultura de precisão. Coordenador: Thiago Henrique Rodrigues da Cunha. Nanoview Nanotecnologia Ltda. Belo Horizonte-MG.
As informações são do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.