Com a presidência do Brasil no G20, pastas serão responsáveis por reuniões técnicas do GT ao longo do ano, que culminarão em reunião ministerial e declaração final sobre Comércio e Investimentos
O Brasil assume nesta sexta-feira (1) a presidência rotativa do G20, grupo que reúne as maiores economias do mundo, responsáveis por 85% do PIB mundial, para discutir iniciativas econômicas, sociais e políticas. O mandado tem duração de um ano. Ao longo deste período, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) coordenará, em conjunto com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o grupo de trabalho sobre Comércio e Investimentos (TIWG, na sigla em inglês) do G20.
Este é um dos 22 grupos de trabalho que compõem o G20. No total, o Brasil organizará, ao longo do ano, mais de 100 reuniões desses grupos, além de cerca de 20 reuniões ministeriais. O trabalho culminará na Cúpula de Chefes de Governo e Estado que será realizada no Rio de Janeiro, nos dias 18 e 19 de novembro de 2024.
O GT Comércio e Investimentos, coordenado pelo MDIC e MRE, terá três reuniões técnicas presenciais — em Manaus (março), Salvador (maio) e Brasília (data a confirmar), e uma reunião ministerial ao final, também na capital federal. O trabalho do grupo resultará em uma declaração ministerial sobre comércio e investimentos com os consensos da discussão realizadas ao longo do período entre os 20 países-membros.
“Este é um momento histórico que marca a retomada do protagonismo do Brasil no cenário internacional. E de reafirmar nossa posição a favor do fortalecimento da cooperação entre as principais economias do mundo com foco no desenvolvimento sustentável e na redução das desigualdades, bem como na reforma das instituições multilaterais, para que sejam mais eficazes para enfrentar os desafios globais”, afirma o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin.
O Brasil já participa ativamente deste GT desde 2016, e vem defendendo o aprimoramento do Sistema Multilateral de Comércio, centrado na Organização Mundial do Comércio, e o fortalecimento da cooperação entre os membros do G20 em temas relacionados ao desenvolvimento, levando-se em conta que os desafios enfrentados pelo comércio internacional afetam desproporcionalmente os países em desenvolvimento.
A pauta a ser discutida ao longo do ano pelo grupo está em preparação pelos dois ministérios e será apresentada na primeira reunião do GT, em linha com o objetivo da Presidência Brasileira do G20 de construir um mundo mais justo e um planeta sustentável, por meio da promoção do desenvolvimento sustentável nos seus três pilares: social, ambiental e econômico.
Os temas prioritários do grupo Comércio e Investimentos envolvem comércio e sustentabilidade; desenvolvimento sustentável nos acordos de Investimentos; mulheres e comércio internacional; e reforma da Organização Mundial do Comércio e fortalecimento do Sistema Multilateral de Comércio.
SOBRE O G20 – O G20 é formado por África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia, União Europeia e União Africana, que recebeu status de membro na Cúpula de Nova Delhi, em setembro.
O G20 responde por cerca de 85% do PIB mundial, 75% do comércio internacional e 2/3 da população mundial. Além da reunião de cúpula de líderes, marcada para novembro do ano que vem, no Rio de Janeiro, o grupo das 20 maiores economias do globo realizará mais de 100 reuniões em diversas cidades do Brasil em 2024.
As informações são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.