O Assalto Aeromóvel foi realizado no terceiro dia do Exercício Combinado Brasil/EUA, CORE 23 (Combined Operations and Rotation Exercises), que reúne tropas brasileiras e norte-americanas na região da Amazônia Oriental, em Belém (PA), Macapá, Ferreira Gomes e Oiapoque (AP), até o dia 16 de novembro.
Nesta quarta-feira, 8, onze aeronaves da Aviação do Exército (AvEx) foram empregadas no exercício. Na manobra combinada, a força de helicópteros decolou com 310 militares das tropas dos dois exércitos. Ao longo de toda a manhã, foram realizadas seis levas de voos com os militares.
O objetivo do Assalto Aeromóvel foi infiltrar as tropas pelo ar, para que os militares pudessem conquistar um local estratégico dentro de território inimigo em guerra simulada. As aeronaves decolaram do Aeródromo Salomão Alcolumbre, na comunidade do Curiaú, em Macapá, e desembarcaram as tropas na região de Ferreira Gomes, onde a guerra simulada segue ocorrendo.
As aeronaves empregadas no adestramento são de cinco modelos usados pela Aviação do Exército Brasileiro: Black Hawk, Cougar, Jaguar, Pantera K2 e Fennec AvEx. O Comande de Aviação do Exército, General de Brigada Fábio Serpa de Carvalho Lima, falou sobre a atividade. “É extremamente importante a participação de nossas tropas em exercícios, sejam eles singulares, conjuntos e principalmente os exercícios combinados, como é este que ocorre agora. Desde a CORE 21, a Aviação se faz presente. Realizando atividades no contexto da CORE, nós temos evoluído em termos de técnicas, táticas e procedimentos, trocando experiências com o Exército Norte-Americano”, explicou.
Transporte de carga externa
Também neste terceiro dia da Operação CORE 23, os helicópteros realizaram o transporte de carga externa, deslocando dois obuseiros até um local estratégico, onde parte da tropa aguardava recebeu o armamento.
Cada obuseiro transportado pesa mais de 1.200 quilos. Para fazer o içamento, uma equipe de militares do Transporte Aéreo, Suprimento e Serviços Especiais de Aviação se deslocou junto com os helicópteros e fez toda a preparação da peça com fitas e ganchos, utilizados para prender o obus na aeronave.
Infiltração de paraquedistas
Como preparação para o assalto aeromóvel, vinte e um militares das Forças Especiais e Precursores Paraquedistas do Brasil e dos Estados Unidos realizaram, na véspera, uma infiltração por salto livre operacional a partir de uma altitude de 10 mil pés. Já em terra, na Zona de Desembarque Selva, os militares percorreram cerca de 14 quilômetros em território inimigo.
A missão da tropa de Forças Especiais foi fazer o reconhecimento especializado dos objetivos a serem conquistados. Já o Destacamento de Precursores Paraquedistas teve como foco o balizamento da zona de aterragem, além do reconhecimento da área para posterior auxílio na reorganização da tropa que realizaria um assalto aeromóvel.