Nesta terça-feira (24), a Escola Superior de Defesa (ESD) deu início ao aguardado Exercício de Crise Internacional, que integra o currículo do Curso de Altos Estudos em Defesa (CAED). Participaram da atividade 16 oficiais superiores do Exército Brasileiro. O Exercício marca a etapa final do calendário letivo.
O Exercício de Crise Internacional consolida os conhecimentos adquiridos ao longo do ano letivo, em que foram abordados temas como Geopolítica, Relações Internacionais, Diplomacia, Segurança e Defesa. Ao todo, participaram cerca de 100 alunos, incluindo militares e representantes civis de diversas instituições, além de três estrangeiros convidados.
O Coronel Alexandre Bleasby, atualmente servindo no Estado-Maior do Exército, ressaltou a relevância do trabalho conjunto entre civis e militares, possibilitando a interlocução entre instituições e órgãos da administração pública federal e dos estados num cenário de gerenciamento de crise. “As atividades de segurança, de desenvolvimento e de defesa estão interligadas. E essa é uma oportunidade de ampliar conhecimento. Como Exército, ganhamos maturidade institucional quando conseguimos enxergar aquilo que é relevante para o país em situações que são atípicas, como abordado nesse exercício”, afirmou.
A atividade ainda contou com a participação da Universidade Católica de Brasília, que contribuiu com professores e estudantes dos cursos de Relações Internacionais e de Comunicação Social. Participam do CAED oficiais superiores das Forças Armadas e servidores da Alta Administração Federal.
O chefe do Departamento de Ensino da ESD, General de Brigada Carlos Henrique Teche, realizou a abertura do exercício e destacou a relevância da atividade para a conclusão do curso. “O CAED se estende ao longo de 40 semanas letivas, exigindo dedicação e esforço. Esse exercício sintetiza tudo o que foi compartilhado entre os alunos e os professores ao longo do curso”, afirmou.
Exercício de Crise Internacional
O Exercício de Crise Internacional aborda sempre uma situação de crise entre países, explorando interesses geopolíticos alinhados e conflitantes no plano internacional. O objetivo é criar uma simulação próxima da realidade, em que países fictícios interagem de maneira didática em um cenário global hipotético. O gerente da atividade, Capitão de Mar e Guerra Carlos Radicchi, explicou que se trata de um “exercício multilateral, abordando as relações entre os diversos países no âmbito político”.
Além dos países fictícios, os grupos envolvidos atuam simulando diversos organismos internacionais, bem como atores nacionais e internacionais, incluindo chefes de Estado, órgãos de mídia e Organizações Não Governamentais. O Exercício de Crise Internacional do CAED é uma oportunidade para os alunos da Escola Superior de Defesa aprimorarem suas habilidades de tomada de decisão em um ambiente desafiador e complexo, contribuindo para uma formação sólida e abrangente no campo da defesa e segurança internacional.
Curso de Altos Estudos em Defesa
Esta é a 6ª edição do Curso de Altos Estudos em Defesa. O objetivo é desenvolver competências de civis e militares em matéria de Segurança, Desenvolvimento e Defesa. A partir de estudos sobre a realidade brasileira e seu entorno, prioriza os interesses da função estatal de Defesa Nacional, propiciando um instrumental teórico-prático útil à formulação de políticas e estratégias no campo da Defesa em sentido amplo.
O curso tem carga horária aproximada de 550 horas, distribuídas em 40 semanas, incluindo Estudos Interdisciplinares de Campo a serem realizados em diversas instituições e empresas.
A turma do CAED-2023 é composta por 104 alunos, sendo 54 militares das três Forças Armadas, cinco militares das Forças de Segurança Pública Estaduais, 42 civis e três alunos de Nações Amigas (Argentina, Índia e Peru). O grupo é proveniente de 42 instituições e órgãos da administração pública federal e dos estados.
As informações são do Centro de Comunicação Social do Exército.