Visualize o cenário: dois membros da equipe de Guias Aéreos Avançados (GAA) atuando em completa harmonia. Enquanto um deles conduz a aeronave, o outro está no solo, coordenando estratégias táticas e assessorando as tropas conforme necessário. Essa é a missão dos militares das equipes de Guia Aéreo Avançado da Marinha do Brasil (MB), do Exército Brasileiro (EB) e da Força Aérea Brasileira (FAB).
Responsáveis por um emprego eficaz do poder de fogo aéreo, esses militares atuam nas mais diversas missões de Apoio Aéreo Aproximado e de Guiamento Aéreo Avançado, bem como na manutenção operacional e formação na área. Tudo isso com o objetivo de promover a interoperabilidade entre as Forças Armadas brasileiras e também de países parceiros.
De acordo com o Capitão Infantaria José Ivan Pedroza Bezerra Ribeiro, o Guia Aéreo Avançado é responsável por conduzir, a partir do solo, ataques de aeronaves amigas contra forças inimigas, sendo utilizado em conjunto com forças de superfícies para que possa maximizar o poder de fogo aéreo e evitar danos colaterais.
“Para que a missão termine bem-sucedida é necessário que os militares sejam treinados em cenários realistas. Assim, eles irão aprimorar suas habilidades em descrever alvos utilizando a comunicação por rádio e seus conhecimentos sobre parâmetros de emprego de aeronaves e armamentos para que os ataques aéreos sejam mais eficientes”, explicou o Capitão Pedroza.
Nesta edição do Exercício Tápio, o treinamento envolve 30 militares, entre Oficiais e Graduados das Forças Armadas Brasileiras e da Guarda Aérea Nacional do Estado de Nova Iorque (NYANG), sendo conduzido pela FAB, por meio do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS) e pelo Terceiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (3º/3º GAV) – Esquadrão Flecha, ambos sediados na Base Aérea de Campo Grande (BACG).
Dessa forma, durante todo o treinamento, os militares atuam de forma conjunta padronizando Táticas, Técnicas e Procedimentos (TTP”s) das três Forças, aumentando ainda mais a eficiência em operar de maneira conjunta.
Missões realizadas
Os militares habilitados para atividades desta natureza atuam em diversos tipos de missões, seja em Operações Especiais ou em proveito de Unidades Convencionais do Exército, ou do Corpo de Fuzileiros Navais e também da Armada. “Toda vez que houver alguma interação de poder aéreo com força de superfície da MB e do EB, esses militares podem ser empregados para direcionar e coordenar ataques aéreos ao solo”, explicou o Oficial.
Umas das atividades foi realizada com o intuito de treinar os militares nas operações noturnas que exijam a utilização do óculos de visão noturna (do inglês Night Vision Goggles). “Além do rádio, para conduzir os ataques, o GAA utiliza marcadores Infravermelho para marcar alvos ou Strobo Light para marcar posições amigas”, descreveu o Capitão.
Aeronaves envolvidas
Durante a Operação Tápio, os militares controlam ataques realizados pelas aeronaves A-29 Super Tucano e A1-M. Assim, em caso de conflito, eles atuam identificando alvos e orientando ataques a partir do solo, visando o sucesso das missões.
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Fotos: Sargento Müller Marin/ CECOMSAER
Vídeo: Sargento André Souza/ CECOMSAER
As informações são da Força Aérea Brasileira.