A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, reiterou, nesta terça-feira (22), compromisso do MCTI para o desenvolvimento econômico e social do Brasil em bases sustentáveis e inclusivas. A afirmação foi feita durante 3ª edição da Conferência de Cidades Latino-Americanas, em Brasília (DF), que reuniu investidores, executivos e formuladores de política para tratar dessa agenda no Brasil.
Em sua fala, a ministra elencou série de ações da Pasta para construção de um país inclusivo e sustentável. Entre elas, lembrou dos recursos de R$ 10 bilhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) para implementação de grandes projetos estruturantes, que incluem o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB); o desenvolvimento do satélite CBERS-6; e o Laboratório Nacional de Máxima Contenção Biológica, o NB4.
“São projetos focados em modernizar a nossa infraestrutura de pesquisa, gerar inovação e ampliar a qualificação dos nossos recursos humanos”, afirmou a ministra. “Têm grande transversalidade, visam à promoção da capacidade e da autonomia científica e tecnológica em setores considerados críticos para a soberania produtiva nacional”, completou.
Além disso, a ministra salientou que o MCTI está “totalmente integrado ao esforço de implementação da nova política industrial”. Dos R$ 106 bilhões de reais que o governo vai investir na nova política industrial nos próximos quatro anos, o MCTI vai destinar, por meio da Finep e do FNDCT, R$ 41 bilhões para apoiar e estimular a inovação nas empresas.
“Um país com uma indústria pujante, intensiva em tecnologia e inovação, como resultado de subsídios, estímulos e investimentos, gera melhores oportunidades de emprego e renda e demanda por qualificação para os trabalhadores. Esse é o objetivo do governo Lula ao articular a política industrial com a política de ciência, tecnologia e inovação”, explicou.
Agenda científica na Amazônia
Outro ponto destacado pela ministra foi o programa Mais Ciência na Amazônia. A iniciativa vai destinar R$ 3,4 milhões entre 2024 e 2026 para consolidar a infraestrutura de pesquisa; aperfeiçoar os sistemas de monitoramento da Amazônia; apoiar a inovação e o desenvolvimento de cadeias produtivas, entre outros.
Por fim, a ministra foi enfática ao defender a cooperação internacional e diplomacia científica para enfrentar desafios globais. “Para ser uma potência tecnológica nos próximos 30 anos, temos que investir no enfrentamento das mudanças climáticas e da perda da biodiversidade, na transição energética, na transformação digital, na autossuficiência em saúde e biotecnologia e na superação da fome e das desigualdades”, defendeu.
Otimismo
Ao abrir o evento, Susan Segal, presidente e CEO da Americas Society/Council of Americas passou uma mensagem positiva. “Os investidores estão otimistas com a economia do Brasil em várias áreas, infraestrutura, energia, tecnologia, saúde”, disse. “Em 2022, o Brasil recebeu U$S 91 bilhões de investimentos estrangeiros diretos (IED), tornando-se o quinto maior destino de investimentos do mundo, foi o dobro de 2021 e esperamos que em 2023 e 2024 vai continuar a crescer”, completou.
As informações são do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.