A Base Aérea de Manaus (BAMN) formou 29 novos concludentes do 30º Curso de Adaptação Básica em Ambiente de Selva (CABAS). As instruções foram capitaneadas pelo Sétimo Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (7º/8º GAv) – Esquadrão Harpia – e abrangeram práticas, técnicas e táticas de sobrevivência na selva amazônica, com a finalidade do sobrevivente resistir até a chegada do resgate. As ações de encerramento foram conduzidas no dia 09/08.
Embora o curso tenha ocorrido no âmbito da BAMN, os alunos foram levados a outras Organizações Militares, como o Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) e o Batalhão de Operações Ribeirinhas, além de outras instituições civis como a Fundação de Medicina Tropical do Amazonas (FMT-AM) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), intercâmbios que enriquecem o CABAS.
Após a base teórica na cidade de Manaus, os alunos foram deslocados para o Centro de Integração e Aperfeiçoamento em Polícia Ambiental do Departamento de Polícia Federal, localizado a 65 km da capital amazonense. O Comandante do Esquadrão Harpia, Tenente-Coronel Aviador Michelson Abrahão Assis, destacou as habilidades necessárias para a sobrevivência em ambiente de selva. “A selva, parafraseando a canção do CIGS, não pertence ao mais forte, mas ao sóbrio habilidoso e resistente, e é isso que estamos ensinando aos alunos do CABAS: resistam pois o resgate da FAB chegará.” disse.
Durante 14 dias de curso, os alunos participaram de uma carga horária de 260 horas, abrangendo temas como: procedimentos de emergência em aeronaves; ações imediatas após acidente; atendimento pré-hospitalar; alimentos de origem animal e vegetal; indianismo; transposição de cursos d’água; sobrevivência estática; entre outros.
O Coordenador do CABAS, Tenente Aviador Gustavo Henrique de Souza, ressaltou os objetivos da capacitação. “O curso tem a finalidade de divulgar conhecimentos gerais, técnicas e procedimentos que poderão contribuir para a sobrevivência em ambiente de selva, de indivíduos isolados ou em grupo, tendo como foco as tripulações da FAB que operam na Região Amazônica”, detalhou.
A Tenente Intendente Bárbara, aluna destaque da instrução, comentou sobre sua experiência. “O curso possibilitou a oportunidade de um aprendizado, não só na teoria, mas, principalmente, na prática, com técnicas de sobrevivência diferenciadas e efetivas. Mesmo tendo passado por outros treinamentos na FAB, a bagagem transmitida pelos instrutores foi de excepcional valor. E saber que, ao final do curso, estamos aptos não somente a sobreviver, mas a sermos capazes de ajudar os outros, diante de um eventual sinistro, nos torna profissionais e pessoas melhores”, destacou a militar.
O Curso de Adaptação Básica ao Ambiente de Selva (CABAS) foi criado em 1996, para atender às necessidades operacionais dos aeronavegantes do Esquadrão Harpia. Mais tarde, ao verificar a importância dos conhecimentos compartilhados e desenvolvidos, outras unidades da FAB mostraram interesse em participar. Assim, o 30° CABAS contou também com alunos da Base Aérea de Boa Vista (BABV), Base Aérea de Anápolis (BAAN), Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV), Academia da Força Aérea (AFA), Escola de Especialistas da Aeronáutica (EEAR), Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA) e Hospital de Aeronáutica de Manaus (HAMN).
As informações são da Força Aérea Brasileira.