Ao todo, 14 militares estavam na aeronave UH-15 Super Cougar, pertencente ao 2º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral, realizando um exercício planejado de Fast Rope – técnica para desembarque rápido da tropa em ambiente adverso. Dois militares foram encaminhados ao Hospital das Forças Armadas, em Brasília (DF), e quatro ao Hospital Regional de Formosa. Dois militares morreram no momento do acidente.
Em entrevista coletiva, o Comandante da Marinha ressaltou que esse foi o acidente mais grave em 35 anos do exercício em Formosa e que a Força está prestando apoio aos militares envolvidos e seus familiares. “Na atividade militar, o risco é inerente. O treinamento continua, mas, desde o ocorrido, a Marinha tem prestado total assistência social e religiosa aos familiares dos envolvidos e permanecerá dessa forma”, afirmou.
Ministro da Defesa e Comandante da Marinha em entrevista coletiva – Imagem: 1SG-FN Ibrahim/Marinha do Brasil
O Ministro da Defesa classificou como impressionante o fato de 12 militares terem sobrevivido. “É uma coisa incrível, você vendo os destroços não acredita que tenha saído gente viva dali”, ressaltou.
Uma Comissão de Investigação de Acidente Aeronáutico foi instaurada para apurar as causas e circunstâncias do acidente. Um Relatório Preliminar com informações como histórico da ocorrência, laudos e pareceres técnicos deverá ser concluído no prazo de 180 dias.
O Ministro da Defesa também reafirmou o compromisso das Forças Armadas com a verdade e a transparência, assegurando que todos os esforços estão sendo feitos para esclarecer as causas do acidente e garantir a segurança de todos os militares que bravamente servem ao País.
“Em cada operação se aprimoram os erros ocorridos na anterior. Evidentemente, nós não podemos parar de fazer operações. Graças a Deus não temos conflitos reais. Mas não podemos ficar nos gabinetes esperando que essas coisas aconteçam. Temos que ir a campo, temos que simular situações de combate, para que tenhamos homens preparados para defender o País”, reforçou o Ministro.
Sobre o exercício operativo
Esse é o maior treinamento conduzido pela Marinha do Brasil no Planalto Central e a edição deste ano conta com 3.500 militares. O exercício, que simula a parte terrestre de uma operação anfíbia, é capitaneado pelo Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) e acontece no Campo de Instrução de Formosa (CIF), desde 1988. A partir de 2021, o treinamento passou a ser conjunto, com a participação de tropas e meios do Exército Brasileiro (EB) e da Força Aérea Brasileira (FAB). O exercício permite treinar os militares das três Forças Armadas no emprego conjunto de armas de apoio, manobras táticas, fogos de artilharia, operações aéreas e operações especiais.
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As informações são da Agência Marinha de Notícias.