O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, visitou o Complexo Naval de Itaguaí, no Rio de Janeiro, local onde está sendo desenvolvido o Programa de Submarinos da Marinha (PROSUB), que, em 2023, completa 15 anos da parceria estratégica entre o Brasil e a França. Por meio de um processo de transferência de tecnologia, a construção dos submarinos está sendo realizada por mão de obra brasileira (engenheiros e técnicos), contando com a assistência técnica de franceses da empresa Naval Group.
Para a construção dos quatro submarinos brasileiros convencionais e, no futuro, do Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear “Álvaro Alberto”, foi construído, em Itaguaí (RJ), um complexo naval que possui diversas instalações, equipamentos e sistemas especializados. Hoje, ele é um dos mais modernos estaleiros de construção naval existentes, já que a construção de submarinos exige mão de obra altamente qualificada e um parque industrial equipado, de modo a possibilitar a execução das diversas atividades de fabricação, comissionamento e testes.
Em sua fala à imprensa presente no local, o Presidente da República destacou a importância de uma indústria de defesa forte no país. “Eu quando enxerguei a necessidade de desenvolver uma indústria de defesa no Brasil, foi porque, em todos os países do mundo, a indústria de defesa contribui para a economia como um todo, além de preparar de forma mais sofisticada, com muito conhecimento científico e tecnológico, as nossas Forças Armadas e o próprio país”, afirmou.
No evento desta manhã, o Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, e o Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, Almirante de Esquadra Petronio Augusto Siqueira de Aguiar, apresentaram os avanços alcançados pelo PROSUB.
O Comandante da Marinha lembrou que o Presidente foi o grande incentivador do programa: “ele estabeleceu, em 2008, uma parceria estratégica com a França, que possibilitou a construção de toda essa infraestrutura, que tem um alcance social significativo. O Brasil tem vocação para o uso e desenvolvimento da tecnologia nuclear em todos os setores, não só no setor de defesa, mas no de saúde, de segurança alimentar, de segurança hídrica. É, portanto, uma vertente em que o Brasil precisa desenvolver capacidade para propiciar ao povo, prosperidade”, disse.
As autoridades e a comitiva visitaram toda a área do Estaleiro de Construção (ESC), onde estão sendo construídos os submarinos, vendo de perto o Submarino “Riachuelo”, o primeiro da classe com propulsão diesel-elétrica, que já está sendo empregado em operações. Os presentes também puderam conhecer o Submarino “Humaitá”, o segundo dos quatro submarinos convencionais, que se encontra em fase de testes finais, visando a sua transferência para o setor operativo da Marinha do Brasil (MB).
A programação também contou com cumprimentos às representações das tripulações dos submarinos “Riachuelo” e “Tonelero”, além dos funcionários da Itaguaí Construções Navais. No percurso, também pôde ser observado o shiplift (elevador de navios), que é empregado no lançamento dos submarinos ao mar e no recolhimento para manutenção, além de uma explanação sobre o Complexo, com o apoio de uma maquete 3D, e de um descerramento de uma placa comemorativa para marcar o evento institucional. A visita também contou com a participação da Embaixadora da França no Brasil, Brigitte Collet, além de ministros, parlamentares e executivos das principais empresas envolvidas no Programa.
O PROSUB e o Programa Nuclear Brasileiro (PNB)O PROSUB é um Programa de Estado de desenvolvimento científico e tecnológico, representando um dos maiores programas estratégicos da Defesa. Possui como objetivo de maior envergadura a obtenção, por construção no País, do primeiro Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear (SCPN), meio naval que conferirá nova dimensão à Defesa Nacional.
No campo da Ciência, Tecnologia e Inovação, o Programa é de grande relevância geopolítica e estratégica para o País, representando o completo envolvimento da MB no PNB. O trabalho desenvolvido alcançou o domínio autóctone do Ciclo do Combustível Nuclear e a evolução da Planta de Propulsão Nuclear do futuro SCPN. A geração do conhecimento e a preparação intelectual de brasileiros no campo nuclear impulsiona a MB em permanecer colaborando com os setores energético, de saúde e agroindustrial nacionais.
As informações são da Agência Marinha de Notícias.
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