O Brasil superou, em 2022, o percentual de 20% do efetivo total de agentes de segurança formado por mulheres para atuar em missões internacionais de paz da Organização das Nações Unidas (ONU). O número ficou acima da estratégia de paridade de gênero criada pela organização – “Uniformed Gender Parity Strategy” 2018-2028 – sobre participação de mulheres, por país contribuinte, nas missões individuais e que fixou um mínimo de 19% do efetivo total, até chegar a 25% em 2028. O tema “Igualdade de Gênero” é um dos objetivos de desenvolvimento sustentáveis da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Com o histórico de mais de 70 anos de participação em missões de paz, o Ministério da Defesa e as Forças Armadas investem, constantemente, em iniciativas para a ampliação do número de mulheres em seus quadros. A iniciativa está em consonância com a Política Nacional de Defesa, documento que orienta os esforços da sociedade e estabelece objetivos para garantir a soberania nacional, no caso específico, na área da diplomacia e na cooperação em prol da estabilidade regional e da paz mundial.
Capacitações
Para que esse importante resultado fosse alcançado pelas Forças Armadas brasileiras, o Centro de Operações de Paz de Caráter Naval (COpPazNav) e o Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB), ambos no Rio de Janeiro, têm preparado militares, policiais e civis, brasileiros e estrangeiros, de ambos os sexos, para missões dessa natureza.
Ao todo, em 2022, foram promovidos 23 cursos voltados para o emprego em operações de paz, com a participação de 1.580 militares e civis brasileiros, bem como de 48 estrangeiros, de 24 países. Entre os temas ministrados, merecem destaque os cursos e estágios voltados à coordenação civil e militar, às ações contra as minas terrestres, às operações humanitárias e à inteligência militar.
Nesse contexto, a participação feminina nessas capacitações e em outras atividades específicas de preparo tem o objetivo de aumentar a quantidade das peacekeepers brasileiras nas operações de paz. Além disso, a ampliação das oportunidades de treinamento para esse segmento tem contribuído para o incremento da qualidade e eficiência da atuação dos nossos recursos humanos de forma mais plena, igualitária e significativa nas missões da ONU, fortalecendo o avanço da “Agenda de Mulheres, Paz e Segurança” em âmbito nacional e internacional.
As informações são do Ministério da Defesa.
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