Na tarde da última sexta-feira (20), por volta das 14h, uma equipe da Diretoria de Inteligência e Novos Negócios (DIEN) da Agência Espacial Brasileira (AEB) conseguiu captar sinais de telemetria do nanossatélite SPORT, que atravessou o céu de Brasília.
A ação faz parte de um projeto, em avaliação, que pretende utilizar estações de rastreio de satélites de baixo custo como ferramenta de ensino de ciências exatas (STEM).
Essas pequenas estações de rastreio são capazes de receber sinais de satélites em órbita baixa da Terra e sua utilização prática pelos alunos a despertar o interesse dos estudantes para entender matérias como Matemática, Geografia, Física, Geometria e Computação, dentre outras.
“Poder se comunicar com um satélite é uma experiência marcante, que une a centenária atividade de radioamadorismo com o interesse pela tecnologia espacial. Acreditamos que esse contato com artefatos espaciais – particularmente quando se trata de um satélite brasileiro – pode encantar e motivar novas gerações de profissionais. A curiosidade do jovem, se bem canalizada, pode encaminhar carreiras e fazer a diferença no futuro do País”, afirmou o presidente da Agência, Carlos Moura.
As estações consistem em um receptor de rádio controlado por computador (SDR – Software Defined Radio), ligado a uma antena de fabricação artesanal. A antena é suportada por uma base giratória portátil, que permite a sua orientação manual para seguir um satélite durante sua passagem sobre o local.
A proposta é que os alunos possam construir as antenas e outros componentes da estação de rastreio, para receber e gravar os sinais de telemetria, para processá-los posteriormente.
Durante a passagem de hoje (órbita nº 352), o SPORT chegou a uma distância mínima de 400km de Brasília. Apesar da distância, o teste teve sucesso e a equipe da DIEN conseguiu gravar os sinais com qualidade adequada e realizou a de modulação dos dados recebidos.
O SPORT foi desenvolvido pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), contendo cargas úteis produzidas por entidades norte-americanas. A missão é fruto de uma parceria entre a AEB e a NASA, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).
As informações são da Agência Espacial Brasileira.
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