Por Glauco José Côrte*
A 7ª Mostra da Base Industrial de Defesa do Brasil (BID Brasil), recentemente realizada em Brasília, mostrou que a indústria de defesa e segurança (BID) é parte fundamental do progresso tecnológico do país. O setor gera impactos positivos nas demais atividades econômicas em função de sua forte integração com outros setores, atuando como importante promotor e difusor de conhecimento.
A possibilidade de aplicação das tecnologias desenvolvidas para fins militares em outras áreas, como máquinas e equipamentos, veículos e informática, representa uma grande oportunidade para a inserção do Brasil em mercados altamente competitivos.
A CNI considera a tecnologia e a inovação bases essenciais para o desenvolvimento econômico e a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros.
O Conselho Temático de Defesa e Segurança (Condefesa) da entidade vem implementando importantes ações de articulação entre a indústria, a academia e o governo, deforma a criar uma sólida agenda de desenvolvimento e inovação, por meio da mobilização dos 26 Institutos de Inovação do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial).
O Senai tem plenas condições de atuar no desenvolvimento tecnológico, prototipação, testagem, certificação, desenvolvimento de simuladores e capacitação em alto nível. Um bom exemplo são os projetos de alta complexidade, como o Flat Fish, desenvolvido pelo Senai-BA; o primeiro Satélite de empresa privada 100% nacional, desenvolvido pelo Senai-SC; e a tinta auto cicatrizante, desenvolvida pelo Senai-PR.
A Base Industrial de Defesa e Segurança movimenta cerca de 4,5%do Produto Interno Bruto (PIB) e é responsável por empregar, direta e indiretamente, cerca de 2,9 milhões de trabalhadores. O setor realiza também por um processo de desenvolvimento com alto valor agregado na produção, com elevada intensidade tecnológica e grande potencial de exportação.
Ter uma Base Industrial de Defesa e Segurança consolidada é crucial para dotar o Brasil de poder de dissuasão e de persuasão, fatores fundamentais para o respeito e a liderança do Brasil no continente sul-americano e no mundo.
A priorização e a previsão de recursos nessa área são importantes para o planejamento da indústria. Eventuais dificuldades orçamentárias podem ser superadas com apoio à exportação de produtos desse setor e o aperfeiçoamento dos mecanismos de financiamento.
* Glauco José Côrte é Vice-presidente Executivo e presidente do Condefesa (Conselho da Indústria de Defesa e Segurança), da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
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