Um dos primeiros nanossatélites da Constelação Catarina, em desenvolvimento no Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados, em Florianópolis, foi destaque no intervalo do Jornal Nacional, da Rede Globo, no último dia 14. Anunciada no ano passado, a iniciativa prevê uma frota de 13 nanossatélites, que terão aplicação no desenvolvimento industrial, agronegócio, cidades inteligentes, saúde, segurança e defesa civil. O projeto envolve ainda a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que também está construindo uma unidade, a Agência Espacial Brasileira (AEB), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), entre outras instituições. O primeiro exemplar deve ser lançado no espaço sideral em meados de 2024.
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“É um novo setor tecnológico que está se desenvolvendo em Santa Catarina, com aplicações que podem beneficiar os demais segmentos econômicos e a sociedade de maneira geral”, afirma o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.
Este é o segundo nanossatélite em desenvolvimento no Instituto SENAI de Sistemas Embarcados. O outro, em parceria com a empresa Visiona, começou em 2018 e deve ser lançado no primeiro semestre 2023 – o projeto, orçado em R$ 8,7 milhões, está na fase dos testes finais que antecedem o lançamento e o Instituto SENAI participa do desenvolvimento do próprio satélite, além das plataformas de solo e os sistemas de comunicação e de inteligência.
Os primeiros satélites da Constelação Catarina estão orçados em R$ 3,2 milhões. O projeto em desenvolvimento no Instituto SENAI já fez duas revisões de projeto, a Revisão de Missão (MDR) e a Revisão dos Requisitos de Sistema (SRR) e está sendo preparado para a próxima revisão que é a de Design Preliminar (PDR). Essas revisões são programadas e realizadas por especialistas externos, que apontam eventuais inconsistências. Uma das expectativas é ampliar a capacidade de previsão do tempo, para minimizar os efeitos de tragédias ou desastres provocados por fenômenos naturais.
New Space
Nanossatélites integram o chamado New Space e são pequenos artefatos, do tamanho de um copo ou de uma caixa de sapatos. Devido aos avanços tecnológicos, eles conseguem ter desempenho comparável ao dos grandes satélites do passado. Sua principal vantagem está no custo mais baixo, o que permite o lançamento de maior número de satélites, com diversas aplicações.
Conforme a AEB, o investimento no setor aeroespacial gera uma economia cerca de 15 vezes maior em aplicações que chegam para a sociedade. O cálculo considera que o setor aeroespacial privado movimentou, em 2019, 271 bilhões de dólares, dos quais 17,4 bilhões foram para a construção e lançamento dos satélites e o restante em aplicações para a sociedade e em equipamentos de solo.
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