A repressão à pirataria na área compreendida pelo Golfo de Aden e a costa da Somália, no Oriente Médio, será intensificada com a Focused Operations MARE LIBERUM II, que acontece de 23 a 29 de outubro. A operação combinada é planejada e conduzida pela Combined Task Force 151 (CTF 151) que, atualmente, é comandada pela Marinha do Brasil (MB). O objetivo é intensificar, por um período limitado, a presença de meios navais, aéreos e o intercâmbio de informações com organizações marítimas de diversos países para garantir a livre navegação e a manutenção do fluxo comercial marítimo na região.
A operação é uma das atividades conduzidas pela CTF 151, e a participação brasileira consiste no planejamento e condução da operação. Ao todo, 12 militares brasileiros participam da Focused Operations MARE LIBERUM II, além daqueles que pertencem a Canadá; Djibouti; Estados Unidos da América; Japão; Omã; Paquistão; Reino Unido; República da Coréia; Seychelles; Turquia; e Yemen. Além desses países, estão contribuindo com a operação os Centros de Operações Marítimas que operam na região, bem como a TF 465, pertencente à EUNAVFOR, Força Naval da União Europeia que também realiza operação militar ao largo do Chifre da África e no Oceano Índico Ocidental.
Área de atuação da operação delimitada em verde
De acordo com o Comandante da CTF 151, Contra-Almirante Nelson de Oliveira Leite, apesar da operação ser curta, seus efeitos são duradouros e visam desestimular potenciais iniciativas de ações de pirataria, reforçar a cooperação com diversas organizações que operam na região e intensificar a coleta de informações de inteligência que auxiliem a identificar padrões de comportamento locais.
“O nosso intuito é assegurar à indústria marítima o comprometimento da comunidade internacional com a repressão à pirataria, enquanto a advertimos que, embora suprimida, esta ameaça não está erradicada, e a manutenção de boas práticas de segurança ainda é fundamental, além de desenvolver uma prova de conceito, integrando unidades não tripuladas a uma operação contra a pirataria”, destaca o Almirante Nelson Leite.
A operação começou a ser planejada em agosto deste ano. Durante esses dois meses foram realizadas reuniões internas do Estado-Maior e multilaterais, com a participação de membros da Combined Maritime Forces (CMF) e de representantes dos países participantes. Além disso, o Comandante da CTF 151 atuou na negociação de apoio e em atividades de engajamentos de líderes com comandantes das marinhas regionais e chefes de organizações.
Atuação brasileira na CTF 151 A participação da MB na CMF começou em 2013, com a indicação de um observador no seu Estado-Maior, e foi ganhando relevância ao longo do tempo. Em junho de 2021, a MB assumiu pela primeira vez o Comando da CTF 151, com o Contra-Almirante André Luiz de Andrade Felix. Atualmente, a Marinha comanda essa Força pela segunda vez, que transcorrerá de agosto de 2022 a fevereiro de 2023.
“Atualmente, a costa ocidental africana, em particular a região conhecida como o Golfo da Guiné, é um dos principais pontos de acesso da pirataria e roubo armado do mundo. A Marinha do Brasil tem se empenhado no auxílio ao treinamento e preparação das marinhas e guardas costeiras da região, na repressão a essas ameaças e, portanto, o conhecimento adquirido permitirá o aperfeiçoamento dessa capacitação”, ressalta o Almirante Nelson Leite.
O que é a Combined Task Force 151?A CTF 151 é uma Força-Tarefa multinacional que realiza operações para dissuadir, interromper e reprimir a pirataria na região do Chifre da África. Criada em 2009, a CTF 151 é subordinada à CMF, uma organização que hoje congrega 38 países, unidos voluntariamente para evitar o uso ilegal do mar por atores não estatais.
As informações são da Agência Marinha de Notícias.
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